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Uruguai ganha a vaga. Taiti ganha o Maracanã

Menon

20/06/2013 21h42

Dois jogos emocionantes na Copa das Confederações. O Uruguai, com muita marcação e a técnica apurada de Diego Forlán, passou pela Nigéria por 2 a 1 e ficou perto da vaga. Se a Nigéria vencer a Espanha por 2 a 0, por exemplo, bastará ao Uruguai vencer o Taiti por 6 a 0.

Não parece difícil. Os taitianos são amadores, exceto Varihua. Perderam por 10 a 0 da Espanha e foram aplaudidos o tempo inteiro. Bastava trocar três passes para serem incentivados com gritos de "oleeeee". Incentivados por 70 mil pessoas. Basta lembrar que a população do Taiti é de 180 mil pessoas, para imaginar a emoção que eles sentiram. Contarão aos netos que jogaram em um estádio lindo em um país lindo contra o time que joga um futebol lindo.

A emoção do Maracanã era baseada na identificação com o mais fraco, tem a ver com a compaixão e com a atitude dos taitianos, peixes fora d'água em uma competição muito acima de suas qualidades. Os times africanos já foram assim. Evoluíram e hoje não são mais "coitadinhos".

O jogo na Fonte Nova teve a emoção baseada na dureza do jogo, na igualdade dos adversários. A negra e musical Salvador estava ao lado da Nigéria, como em outras Copas. O Uruguai estava ao lado de seu passado. Disputava uma nova final, depois daquela vitória há poucos dias contra a Venezuela, pelas Eliminatórias.

Sabia que precisava vencer e ousou, com apenas três zagueiros, dois alas marcando adiantadamente e Forlán em campo, pouco atrás de Cavani e Suárez. Deu certo no começo. O gol saiu com Lugano, sempre coração e cada vez menos velociadade. Gol de canela.

A Nigéria, com o bom Mikel equilibrou o jogo e empatou, golaço do próprio Mikel. O Uruguai terminou o primeiro tempo acuado, rezando pelo apito do juiz. No segundo tempo, porém, o time se equilibrou e manteve a Nigéria longe de sua área. Conseguiu o segundo gol, em um contra-ataque muito bem finalizado por Forlán.

No final do jogo, o Uruguai, como muitas outras vezes, foi só coração. Segurou a vitória. E tem muitas chances de se classificar em segundo lugar. Deve pegar o Brasil na semifinal. Brasil é favorito.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.