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Menon

Sem Paulinho, a diferença continua a mesma

Menon

04/07/2013 00h06

Hora de rever conceitos. No último post, disse que, com a saída de Paulinho, a diferença entre Corinthians e São Paulo diminuiria. Um elogio ao grande jogador. O primeiro jogo da decisão da Recopa me desmentiu. A diferença continua a mesma. Não só porque Guilherme, substituto de Paulinho, é um bom jogador desde os tempos da Portuguesa mas principalmente porque o São Paulo continua com defeitos gravíssimos e não consegue ter um rendimento coletivo.

O Corinthians é um time montado. O São Paulo deveria ser, afinal é dirigido por Ney Franco há quase um ano. E está jogando pior agora do que em dezembro. Se todos os jogadores do Corinthians são nota seis (apenas uma hipótese) o time é nota oito por conta do entrosamento. Se o São Paulo tem onze jogadores nota seis (também uma hipótese) o time não passa de nota cinco.

Como vencer um adversário melhor? Contar com um erro, por exemplo. O São Paulo teve isso a seu favor. Foi um frangaço de Cássio no comecinho do segundo tempo. Mas o São Paulo errou também. Antes e depois de Cássio. No primeiro gol corintiano o que fazia Toloi tão adiantado na esquerda? E como foi grotesca a participação de Juan na jogada! Falhou no carrinho. E no segundo tempo, houve o grande erro de Rogério Ceni, muito adiantado.Foi um golaço de Renato Augusto.

Mesmo sem Paulinho, o Corinthians continua tendo uma grande vantagem sobre o São Paulo: a transição da defesa para o ataque. O São Paulo não tem isso. Denílson, Rodrigo Caio e Wellington são regulares no passe curto. Rodrigo Caio é melhor quando sobe ao ataque. Mas nenhum dos três consegue empurrar o time, não consegue surpreender, não faz a bola chegar até os meias.

Assim, com erros básicos táticos e técnicos ficou evidente novamente a vantagem do Corinthians, que joga por um empate no Pacaembu para ficar com o seu primeiro título de Recopa.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.