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Juvenal entrega um time no fundo do poço a Paulo Autuori

Menon

10/07/2013 23h19

Paulo Autuori chega hoje ao São Paulo e recebe um time que conseguiu, contra o Bahia, uma marca vergonhosa em sua história: desde a inauguração do Morumbi, há mais de 50 anos o clube não havia sido derrotado quatro vezes seguidas em seu campo. A bola pune, diz Murici Ramalho. Contratações erradas punem muito mais.

O elenco do São Paulo é muito mal construído. Tem falhas táticas e técnicas impressionantes. Os volantes não conseguem fazer jogadas de ataque e também não conseguem proteger os zagueiros, que têm seus próprios problemas. A busca por laterais leva a contratações confusas como Caramelo, jovem do Mogi Mirim, Douglas, que chegou contundido e Clemente Rodríguez, dispensado pelo Boca Jrs.

Osvaldo está mal. Luís Fabiano vive recebendo cartões amarelos e vermelhos. Aloísio? Ademílson? Silvinho? Roni?

É muita incógnita e pouca certeza.

A maior incerteza é Ganso. Tem bom toque, faz boas partidas mas precisa aprender a resolver situações complicadas. Jogador bom é pago para isso.

Contra o Bahia, o time não teve nada. Não teve alma e nem coração. Milton Cruz escalou Jadson como o único meia e Aloisio, Osvaldo e Luís Fabiano no ataque. O Baia acertou a marcação e a bola não chegou no ataque. Mesmo assim, saiu o primeiro gol. E o time, em vez de colocar mais velocidade no jogo, contentou-se com um ritmo lento.

E Milton Cruz fez uma substituição que não entendi. Tirou o atacante Osvaldo e colocou um meia. Mas não foi Ganso. Foi Roni. Tem alguma coisa errada aí. Depois, ao trocar Aloísio por Osvaldo, foi surpreendido pela expulsão de Luís Fabiano. E depois, de Clemente Rodríguez. E levou a virada.

Foi vergonhoso. Autuori precisa agir rápido. O time vai excursionar e terá problemas no Brasileiro com menos folga que os rivais. Se não houver reação, vai brigar muito para ficar entre os dez primeiros. E, se não brigar muito, vai brigar lá atrás.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.