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Palmeiras: vitórias suadas camuflam problemas

Menon

17/08/2013 19h06

Outra vitória dramática, sofrida, contra um time que luta para não ser rebaixado. A partida de hoje mostrou vários problemas com os quais o Palmeiras vem flertando e são camuflados com vitórias suadas, como as quatro últimas: não é ainda um time totalmente confiável na defesa, mas é muito lutador e de fibra.
Bem ou mal, Valdívia é titular e sua ausência deixa o Palmeiras perdido, já que o time se acostumou ao ritmo do chileno, bem diferente daquele imposto por Mendieta ou mesmo por Felipe Menezes.
Some-se isso à pior partida de Wesley na Série B e a bomba estoura em uma defesa que sofre quando o adversário usa o contra-ataque veloz explorando as costas de Luís Felipe e Juninho, que marcam mal.
Considero Wesley um jogador importante no esquema do time. Imagino que essa novela de sai-não-sai deve ter tirado sua concentração. Errou passes em demasia e, nem de longe, foi aquele jogador dinâmico e acabou expulso em um lance tolo.
A saída de Vilson por lesão piorou o sistema defensivo, já que é nosso melhor zagueiro. O resto é aquilo que todos sabemos: erros em abundância, goleiro rival fazendo pequenos milagres, a torcida impaciente e um árbitro horroroso, que permitiu a pancadaria e errou demais.
Foi necessário que o time tomasse 2×0 para que a reação acontecesse. E que tensão: após o empate, o Paysandu tirou Iarley e postou-se atrás, sonhando com um pontinho.
Foi a senha para uma verdadeira blitz palmeirense, com um gol chorado com Leandro, encerrando seu jejum, já quando as cortinas estavam se fechando, como diria o saudoso Fiori Giglioti.
Durante boa parte do jogo, o Palmeiras pareceu mais preocupado com a Copa do Brasil do que a Série B, já que temos um boa folga de pontos, inclusive sobre o América mineiro, quinto colocado (14 pontos, 40 a 26).
Isso é um erro. Nossa chave no torneio é complicada e o Atlético-PR irá aproveitar os nossos erros para sair de São Paulo com um bom resultado, para a partida de volta, em Curitiba.
Kleina precisa encontrar uma solução para a ausência de Valdívia. Leandro fez uma péssima partida (apesar do gol) e Kardec marcou no único lance real que teve. O empate veio com Mendieta em um belo chute, seu segundo. O paraguaio é bom jogador e deve atuar ao lado de Valdívia, em minha opinião, em um 4-2-2.
Uma opção, para quarta-feira, poderia ser o 4-3-3, com Márcio Araújo, Wesley, Mendieta; Leandro, Kardec e Ananias (Vinícius). Mas esse é um problema para o professor resolver.
Só espero que o chileno não comece uma novela no DM. Ninguém suporta mais isso. E que a diretoria pare de leiloar Wesley. Ou ele fica ou ele sai. O desespero para fazer algum dinheiro pode comprometer uma campanha que é tranquila.
Com sete pontos de vantagem sobre a Chapecoense, o Palmeiras agora é o líder de fato, pois o rival agora só pode somar seis pontos caso vença suas partidas. A Série A parece bem perto.

O texto é de RUBENS LEME DA COSTA, palmeirense e roadie de Joelma

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.