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Carlos Miguel: "Eu seria um presidente melhor do que fui antes. Mas se o Juvenal indicar um poste, eu voto no poste"

Menon

30/08/2013 15h24

Carlos Miguel Aidar, 67 anos, presidente do São Paulo de 1984 a 1988 apareceu na última reunião do Conselho Deliberativo como o possível candidato de Juvenal Juvêncio à presidência do São Paulo, contra a chapa formada por Kalil Rocha Abdalla e Marco Aurélio Cunha. Ele falou ao blog e não desmentiu a possibilidade.

Você será o candidato do Juvenal em abril?

Por enquanto não há essa possibilidade. O que ocorre é que meu nome foi lembrado na última reunião. O que eu deixo claro é que eu voto no candidato que o Juvenal indicar. Eu o indiquei para o futebol lá atrás, quando eu era presidente. Eu comandei o processo do terceiro mandato. Sou do grupo dele, sou seu apoiador. Se ele indicar um poste, eu voto no poste. Se ele indicar a mulher dele, ela terá meu voto. Ele é que decidirá.

E se ele te indicar, você vota?

Sim, é claro, porque não votaria? Hoje, eu sou muito mais experiente do que em 1984 e tenho todas as condições de ser um presidente melhor do que eu já fui. Aliás, não apenas eu. Todo ex-presidente é mais sábio e mais calejado e pode fazer um trabalho melhor do que eu já fiz. Mas a sua pergunta está errada. Não é essa que deve ser feita.

Qual é então?

Você tem de perguntar se eu aceitaria ser candidato e não se eu votaria em mim.

E você aceitaria ser candidato?

Não sei. Não parei para pensar. Eu não me coloquei como candidato e não vou ficar pensando no que farei se for indicado. Se eu   receber um convite, paro para pensar.

Quem indica o candidato, só o Juvenal ou o grupo dele?

O grupo conversa, o grupo discute e ele escolhe. Sempre foi assim. O Laudo indicou o Henri, o Henri indicou o Dallora, o Dallora me indicou, o Marcelo indicou o Juvenal. No São Paulo, o presidente comanda o processo sucessório. É bom que seja assim.

Então, não há possibilidade de o Juvenal não ter candidato?

Nenhuma possibilidade. Um presidente não deixa de comandar seu processo sucessório. Ainda mais um presidente como o Juvenal, de tanto êxito.

E o candidato do Juvenal tem chance de vencer?

Ganha fácil. Ganha de lavada. Pode ter certeza disso. Não tem possibilidade de perder, tenho certeza disso. Acompanho bem a política do clube e posso te garantir isso.

O Kalil Rocha Abdalla disse que sonha ser candidato único porque tem recebido muitos apoios.

Bem, há divergências nisso aí. Por que ser candidato único, por que não enfrentar a eleição? A eleição é boa para o clube. Lembra quando eu falei que o presidente sempre indica seu sucessor? Isso não quer dizer que vença sempre. Pode perder, acontece. Mas não é o que eu acho que acontecerá agora. Tenho certeza que não acontecerá. E se o Kalil acredita nessa unanimidade, porque não consolidou sua candidatura dentro da situação, com o aval do Juvenal?

Por que?

Ora, porque não é tão forte assim. Por que o Marco Aurélio se lançou candidato tanto tempo antes da eleição? Porque é um candidato fraco e precisava se fortalecer. Não conseguiu e se uniu com o Kalil que também precisa de tempo para se fortalecer. E quem precisa de tempo, quem precisa antecipar o processo não é forte. Forte é o candidato da situação, que tem um ritmo próprio, mais lento e que será definido na hora que o Juvenal achar necessário.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.