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Menon

Depois da festa, Palmeiras precisa trabalhar duro

Menon

16/11/2013 22h20

Alguém pode me achar arrogante, mas pelo menos um motivo eu não darei para que a ofensa tenha base concreta. Não vou dizer se jogador tem direito ou não de comemorar uma conquista. Aliás, acho que jogador tem de comemorar sim. Se não for pela história do clube, que seja por sua história pessoal. O Palmeiras tem dezenas de títulos importantes em seu currículo, muito maiores que a Série B. Mas, e Leandro? E Juninho? E tantos outros? Jogaram bem, mereceram o salário recebido, foram campeões, então, festa, muita festa.

Gílson Kleina também tem o que comemorar. Em seu primeiro trabalho em um grande clube conseguiu um título. Assumiu no ano passado, recebeu uma herança ruim de Felipão, não deu para evitar a queda, mas agora conseguiu o acesso. E o título. Ele chegou depois de Brunoro, o CEO, mostrar falta de tato e deixar claro que ele pode continuar porque Bielsa é Loco mas não rasga dinheiro. Pediu mais de R$ 1 milhão por mês. "Como ele não quis, vamos pensar no Kleina", disse Brunoro. Faltou tato e respeito.

A torcida comemora o que quiser. Como disse, não sou fiscal da alegria de ninguém. Eu não faria festa. Teria alívio, só.

E a diretoria? Bem, escrevo esse post cinco horas depois do título. Então, se Brunoro ou Nobre estiverem tomando um vinho ou comemorando de outra forma – danto tapas no antebraço, como gosta o presidente – está na hora de parar. Tem muito trabalho a ser feito. E nem estou falando de marketing, de centenário, de nada disso. Falo de time.

Com esse time de hoje, com esse elenco de hoje, me desculpem os oráculos Rubens Leme de Aquino e Antonio César Simão, a briga vai ser para entrar na parte de cima da tabela. É time para ficar em décimo, em oitavo, se tudo der certo. Se a bola bater na trave deles e entrar, se a bola bater na trave do Palmeiras e sair, se impedimento de 15  centimetros a favor não for percebido, se impedimento dos outros for visto com olhos de lince…..

É muito se. São muitas condicionantes.

Muita gente boa tem de chegar. O elenco precisa ser reforçado. Tem de trabalhar muito, presidente. Para que não haja sustos em 2014

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.