Adeus Madiba, o maior de todos os campeões
Nelson Mandela poderia ter morrido como presidente da África do Sul. Preferiu morrer como o maior de todos os homens. Quando deixou a cadeia, depois de 27 anos preso, já estava com 71 anos. Ganhou as eleiçoes presidenciais em 1994 e governou um mandato. Poderia ficar quantos mais quisesse. Poderia reinar de forma absoluta. Mas que país governaria? Um país ainda cindido. Preferiu construir a nova Pátria e se retirar. Para a eternidade.
Poderia ter cultivado o ódio, a vingança, o acerto de contas. Preferiu o perdão, a união e, ao deixar o passado, olhou para o futuro. Podia ser um homem querido pela maioria da África do Sul, a maioria que sempre sofreu. Mas preferiu ser um mito, amado por todo o mundo.
Em seu projeto de união nacional, o esporte foi fundamental. Em 1995, a África do Sul seria sede do Mundial de rugby, um esporte que sempre foi da elite branca. Mandela reuniu-se com o capitão do time e pediu que todo o povo se unisse em torno daquele time. Conseguiu que negros e brancos torcessem juntos. Transformou aquele time na representação do que poderia ser o novo país. Foi a Pátria de Chuteiras.
Na prisão, Mandela treinava boxe para que o tempo passasse de forma mais rápida.
Rugby e Boxe. Dois motivos para que o grande homem pudesse estar em um blog de esporte.
O outro?
Sem ele, a Humanidade perde seu capitão. Seu maior homem. Seu guia.
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