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Menon

Cruzeiro é mais um a cair no conto da Libertadores

Menon

21/03/2014 00h22

O Cruzeiro cometeu um erro recorrente em clubes brasileiros: quer jogar emocionalmente a mil em jogos decisivos. Jogou pilhado demais. Times de Cuca eram assim.

Contra o Defensor, time aguerrido mas com menos poder técnico, a vitória poderia ser conseguida com técnica, com calma, com inteligência. Não se trata de afinar, de deixar o  adversário tomar conta, nada disso. Mas não precisa entrar no jogo da provocação. No primeiro tempo, o Cruzeiro fez mais faltas que o Defensor. Dagoberto estava desequilibrado. E houve o quebra pau, que terminou  com duas expulsões, uma para cada lado.

O Defensor, que jogava inteligentemente, tentando segurar a bola no campo do adversário, era menos time. E o gol de Everton Ribeiro na última bola do primeiro tempo, depois da expulsão, deixou o jogo nas mãos do Cruzeiro.

Com apenas vinte em campo, o que aumenta os espaços, com vantagem no placar, bastaria recuar e acertar um contra-ataque. O Cruzeiro fez mais do que isso. Marcou no campo do Defensor. Depois, recuou e teve boas chances. Julio Batista fez o segundo e tudo estava pronto para a vitória. Não tinha como perder.

Mas Dede errou muito.  Caiu e permitiu que Gedoz recebesse a bola, ganhasse a dividida com Rodrigo Souza que parecia um garoto de 12 anos ou 12 quilos.

E Dedé errou na última bola. Errou feio.

Os erros de Dedé, os erros de finalização, os erros de desatenção determinaram o resultado. Mas o jeito de entrar em campo, babando, querendo vingança sabe-se lá de que, essa bobagem de sair dizendo é Libertadores é Libertadores, como se fosse uma guerra e não futebol é fatal.

Estou terminando o artigo e vejo Marcelo Oliveira dizendo que está feliz porque o time mostrou o espírito de luta que a Libertadores exige. É o papo de sempre. Muitos brasileiros já caíram nesse conto. O Cruzeiro foi mais um.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.