Cruzeiro é mais um a cair no conto da Libertadores
O Cruzeiro cometeu um erro recorrente em clubes brasileiros: quer jogar emocionalmente a mil em jogos decisivos. Jogou pilhado demais. Times de Cuca eram assim.
Contra o Defensor, time aguerrido mas com menos poder técnico, a vitória poderia ser conseguida com técnica, com calma, com inteligência. Não se trata de afinar, de deixar o adversário tomar conta, nada disso. Mas não precisa entrar no jogo da provocação. No primeiro tempo, o Cruzeiro fez mais faltas que o Defensor. Dagoberto estava desequilibrado. E houve o quebra pau, que terminou com duas expulsões, uma para cada lado.
O Defensor, que jogava inteligentemente, tentando segurar a bola no campo do adversário, era menos time. E o gol de Everton Ribeiro na última bola do primeiro tempo, depois da expulsão, deixou o jogo nas mãos do Cruzeiro.
Com apenas vinte em campo, o que aumenta os espaços, com vantagem no placar, bastaria recuar e acertar um contra-ataque. O Cruzeiro fez mais do que isso. Marcou no campo do Defensor. Depois, recuou e teve boas chances. Julio Batista fez o segundo e tudo estava pronto para a vitória. Não tinha como perder.
Mas Dede errou muito. Caiu e permitiu que Gedoz recebesse a bola, ganhasse a dividida com Rodrigo Souza que parecia um garoto de 12 anos ou 12 quilos.
E Dedé errou na última bola. Errou feio.
Os erros de Dedé, os erros de finalização, os erros de desatenção determinaram o resultado. Mas o jeito de entrar em campo, babando, querendo vingança sabe-se lá de que, essa bobagem de sair dizendo é Libertadores é Libertadores, como se fosse uma guerra e não futebol é fatal.
Estou terminando o artigo e vejo Marcelo Oliveira dizendo que está feliz porque o time mostrou o espírito de luta que a Libertadores exige. É o papo de sempre. Muitos brasileiros já caíram nesse conto. O Cruzeiro foi mais um.
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