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Menon

Palmeiras merece chegar à final

Menon

27/03/2014 23h25

Foi uma vitória sem brilho, mas também sem susto algum. O que , convenhamos, é algo sensacional após os vexames de Corinthians e São Paulo. Com o Palmeiras não teve isso. O coroamento de uma campanha muito boa na primeira fase veio agora com essa vaga na semifinal.

O Bragantino é uma espécie de quebra-cabeça. Se você o decifra logo, vira diversão. Se demora, vira irritação. É um time que há anos joga com três zagueiros altos, dois alas rápidos e um centroavante alto. Haja cruzamento! Se faz um gol, fecha-se e aposta ainda mais no contra-ataque. Ao contrário, se sofre um gol, tem de se abrir, foge de suas características e oferece muitos espaços.

O Palmeiras teve calma para fazer o primeiro. E sempre teve o comando do jogo. Tensão, só houve nos momentos em que Valdivia, sempre abusado, foi caçado em campo. Apanhou muito, bateu pouco e o árbitro não expulsou ninguém.

Gílson Kleina deu um passo a mais na carreira. Depois do título na segunda divisão, está caminhando para outra decisão. Um prêmio para quem soube apostar em si mesmo: não pediu demissão após aquela goleada de seis para o Mirassol e aceitou contrato de produtividade. Se não aceitasse, se batesse o pé, sairia e não conseguiria vaga em outro gigante. Agora, se ganhar mais um título, pode ver suas possibilidades de mercado cada vez maiores.

O Palmeiras merece não só por Kleina, merece porque o trabalho está sendo bem feito. Foram boas contratações e merece também, pelo menos para mim, pela atitude corajosa de seu presidente, enfrentando, sem medo, marginais que torcem apenas para si mesmos.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.