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Ataíde Gil Guerreiro teme "massacre" de Corinthians e Flamengo

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18/04/2014 12h19

Há três dias conversei com Ataíde Gil Guerreiro, que ainda não havia sido convidado por Carlos Miguel Aidar para assumir o cargo de vice-presidente de futebol do São Paulo. E ele estava muito preocupado com o futuro imediato do futebol brasileiro, a partir da decisão da Globo de aumentar a diferença de cotas para Flamengo e Corinthians em relação aos outros clubes. "Vai ser um massacre, um domínio total. Se o Flamengo e o Corinthians forem bem dirigidos, não vai sobrar nada para os outros clubes".

Os números são um segredo da Globo, mas a Revista Época, também das Organizações Globo, divulgou que a partir de 2016 os dois clubes mais populares receberão R$ 170 milhões por ano, durante três anos. O São Paulo receberá R$ 110 milhões; Palmeiras e Vasco ficarão com R$ 100 milhões. Atualmente, Flamengo e Corinthians recebem R$ 110 milhões e o São Paulo, R$ 85 milhões. Em 2009, a cota de R$ 25 milhões era igual para Flamengo, Corinthians e São Paulo.

Ataíde Gil Guerreiro, que negociava, pelo Clube dos 13 com a CBF, tinha outra visão. "Minha proposta era baseada no que se via na Europa. A cota seria calculada a partir de três vertentes: 1/3 seria igual para todos, 1/3 seria proporcional ao tamanho da torcida e outro 1/3 seria referente à classificação obtida no último ano. Seria um incentivo para os clubes menores. Mas o Clube dos 13 foi implodido pelo Andrés e agora há realmente um desnível muito grande".

Para diminuir os efeitos que a diferença de dinheiro traria, Ataíde Gil Guerreiro defendeu três pontos. "É preciso buscar novos recursos, é preciso fidelizar o sócio a partir do programa de sócio-torcedor e é preciso ter um aproveitamento muito bom dos garotos de Cotia. De lá, podem vir craques a custo zero".

Agora, como vice de futebol, Ataíde Gil Guerreiro seguramente recorrerá à sua receita para diminuir a diferença financeira  que o assusta tanto.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.