Topo

Menon

Mano cauteloso em excesso permite o empate

Menon

11/05/2014 18h18

O clássico começou nervoso e com poucos chutes a gol. Antes da entrada em campo, houve o frio aperto de mãos entre Muricy e Mano. Depois, antes do primeiro chute a gol – de Danilo aos 37 minutos – vimos embates pouco futebolísticos entre Osvaldo x Petrus, Luis Fabiano x Gil, Petros x Alvaro Pereira e Maicon x Guilherme. Petros envolvido em duas delas por seu estilo de jogo, de muita combatividade, por seu modo irreverente – são muitas reclamações contra ele – e por ajudar Fagner na luta contra Osvaldo.

Muricy deve ter visto o baile que Fabinho Dias, do Chapecoense, deu em Fagner na ultima rodada. Achou que Osvaldo poderia fazer o mesmo. E tudo deu errado. No início do segundo tempo, Alvaro Pereira subiu ao ataque e deixou grande espaço às costas. Fagner foi ao ataque e não foi acompanhado por Osvaldo. E fez o gol. Vejam, o homem definido para ser a válvula de escape do São Paulo, acabou fazendo o gol do Corinthians.

E então? Então, Mano Menezes optou pelo básico. Passou a jogar por uma bola. Gritava isso a seus jogadores. Trocou o inútil Romarinho por Luciano para ter a velocidade do contra-ataque. Vamos falar sério? Se desse certo e saísse o segundo gol, seria gênio. Como não saiu, está sujeito à críticas. Eu acho uma pobreza muito grande limita-se a uma jogada por 45 minutos de jogo.

Ganso conseguiu escapar da marcação corintiana. Fez um bom jogo. E deu um lindo passe para Luís Fabiano que ganhou de Cleber na corrida e fez um gol que não faria no ano passado, como bem lembro o trepidante Guilherme Palenzuela.

E o jogo caminhou para um empate justo. Quem mandou Mano apostar em um contra-ataque que nunca saiu? E quem mandou deixarem Ganso trabalhar em paz?

Há muito trabalho a ser feito nos dois times. E o tempo, em termos de Brasileiro, é enganoso. O relógio tem asas.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.