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#26 Bai, bai, Uruguai. Campbell não é sopa não

Menon

14/06/2014 17h59

Uma das brincadeiras comuns em redação é fazer um título para "secar" a notícia. Por exemplo, um são-paulino escrever em seu computador "Corinthians campeão do mundo", antes do jogo contra o Chelsea. No caso, passaria raiva porque sua falsa previsão se concretizou.

Como eu gosto muito do Uruguai, coloco esse título no post, mas a verdade é que a chance de ele se concretizar é muito grande. Perder para o "patinho feio" do grupo que reúne ainda Itália e Inglaterra é como carimbar a passagem de volta para Montevidéu logo na estreia.

O Uruguai errou muito, mas é necessário falar de Joel Campbell, a primeira grande surpresa da Copa. Um jogador que completará 22 anos dois dias depois da partida contra a Inglaterra, a terceira da primeira fase, e que mostrou grande futebol. Fez o primeiro gol em uma definição perfeita. Depois, foi recuado para o meio para a entrada do atacante Ureña e lhe deu um passe perfeito para o terceiro gol. No final do jogo, soube ter calma para segurar o  jogo no ataque. E ainda, ao segurar a bola, foi agredido por Maxi Pereira, justamente expulso.

E tudo o que deu errado para o Uruguai começou de maneira correta. O time fez o primeiro gol, de pênalti, e pôde jogar ao seu estilo: mais recuado e jogando no contra-ataque. Algo natural para um time que pouca criação no meio campo, pois Forlan está mal, Lodeiro, Cebolla, Gaston Ramirez e outros não conseguem atingir bom nível.

E, então, veio o desastre. Dois gols em dois minutos e lá foi o Uruguai pressionar, coisa que não é de seu estilo. Deu espaços e ainda sofreu o terceiro.

No dia 19, em São Paulo, haverá o encontro contra a Inglaterra no Itaquerão. Luis Suárez estará em campo. Pode ser tarde demais. Tomara que sim.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.