Topo

Menon

#95 Regina Brandão foi consertar os erros de Parreira e Felipão.

Menon

02/07/2014 21h36

Amigos, a verdade é a seguinte, como disse um amigo blogueiro: se o Brasil estivesse jogando bola ninguém estaria falando sobre instabilidade de Thiago Silva, sobre choro desse ou daquele. Ninguém discutiria quem deve entrar. E Regina Brandão seria parte da comissão técnica e não alguém chamado para resolver situações emergenciais. Ela é psicóloga e não bombeira.

Psicologia no esporte ainda é tabu. A CBF deveria ter um profissional exclusivo – pelo menos em época de competição – e não alguém "dividido" com o consultório e a Universidade. Alguém para acompanhar os jogadores e comissão técnica, alguém para evitar problemas e não para consertá-los de uma hora para outra.

E como começou tanta pressão psicológica que está derrubando os jogadores brasileiros. Ora, Parreira e Scolari, mesmo antes da apresentação disseram que eles seriam campeões. Jogaram uma carga emocional muito grande sobre eles. Sobre uma seleção que deposita suas esperanças em um garoto de 22 anos em seu primeiro Mundial.

Além disso, há a história da Familia Scolari. Felipão adora usar o estratagema do "nós contra todos". Diz que morre com os jogadores. E quem é contra é colocado como inimigo. Quando Nishimura errou no primeiro jogo, Scolari falou que havia um complô da imprensa internacional contra o Brasil. É sempre assim. E aquele hino cantando a plenos pulmões. Reparem na sexta feira como uma garotinha que fica na frente dos jogadores canta. Totalmente em transe, berrando, com cara crispada, desesperada. Se ela está assim, como estão os jogadores?

O nervosismo é tanto que o assessor de imprensa da seleção agrediu um jogador chileno. Vergonha para a profissão. E para a seleção.

Felipão exagerou na dose do remédio.

E houve outros erros. Técnicos. O que parecia ótimo –  haver descoberto o time um ano antes – agora pinta como algo ruim. O grupo foi fechado muito antes, com a entrada de um ou outro. Felipão ficou amarrado a Jô e Fred? Tem outro? Bem, talvez a culpa não seja de Scolari.

Temos uma safra ruim. Temos um treinador que aposta tudo no emocional. Temos um time descontrolado.

Temos um time para ganhar da Colômbia? Sem dúvida, sim. É o Brasil jogando em casa.

Basta que os jogadores entrem em campo para jogar bola, para se divertir como garotos que já foram um dia. Nada de jogar pela Pátria. É só futebol.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.