Pato jogou bem. Mas o lugar é de Kaká

Alexandre Pato fez uma boa partida contra o Bragantino. Movimentou-se muito, deu bons passes e fez um gol de pênalti. Pode ser o início da recuperação do jogador que não tem ido bem? Difícil, por um motivo simples. Pato jogou bem na meia direita, jogando como Kaká. E o lugar é de Kaká, muito mais agressivo. Muito mais jogador. 

E se jogassem os dois e mais Ganso. Kaká na direita, Ganso no centro e Kaká pela esquerda. Trocando passes, chegando ao ataque, mostrando um futebol compactado, com a chegada dos laterais. Teriam de marcar, mas não com o exagero que se exige hoje em dia no 4-2-3-1 brasileiro. 

Um exagero tão grande que fez com que Hulk tivesse lugar na seleção. E que Oscar, o habilidoso Oscar, fosse um terceiro volante. Um exagero tão grande que faz com que Ademílson seja mais elogiado que Pato?

 Ah, poderia dar certo. Mas não seria o atual futebol brasileiro, tão parco em idéias, sem ousadia alguma. Hoje, não somos mais protagonistas do jogo. Nos contentamos em ser coadjuvantes. Marcar, marcar, marcar… 

No jogo contra o Bragantino, o São Paulo sofreu com erros táticos e técnicos. Tinha três zagueiros e os laterais não avançavam com qualidade. Jogava pelo meio e errava muitos passes. Achou um gol. 

O Bragantino, com a entrada de Leo Jaime, se abriu. Dominou o São Paulo, mas deu espaços. E a dupla Ganso e Pato apareceu. O time fez bons 30 minutos finais, mas sofreu um gol com erro absurdo de marcação. 

Há muito o que melhorar.