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Paulo Nobre e Brunoro devem muito mais que Valdivia ao Palmeiras

Menon

07/08/2014 21h03

E Valdivia está de volta. Esteve nos Emirados, esteve na Disney e voltou ao Palmeiras. Entre tantas explicações, uma frase emblemática. "Estou feliz em estar aqui. Devo muito a este clube". Deve sim. E está na hora de pagar. Tem mais um ano de contrato para terminar com dúvidas sobre a constância de seu jogo. Não pode ser apenas o cara que acaba com o adversário no domingo e acaba com a paciência do torcedor na quarta. 

É possível ouvir Ricardo Gareca, ao lado do campo, gritar por mais toque de bola, por bons passes, por futebol bem jogado. Ninguém o ouviu falando em pega pega. Quer um time compacto, com boa saída de bola. Allione mostrou qualidades contra o Avaí. Com um time bem armado, coma solidez defensiva e bom trato de bola, não haverá desculpa para Valdivia. O palco estará montado para seu brilo. Que ele perceba isso e faça o torcedor dar risadas de alegria e não de suas entrevistas e desculpas.

Se Valdiva deve – e deve muito – Brunoro e Paulo Nobre devem muito mais. O presidente errou feio em pelo menos duas decisões: a saída de Barcos em troca de jogadores que a torcida – exceção a Leandro – já esqueceu. Onde esta Rondinelli? E o caso Alan Kardec? Fez tanta lambança – rompeu acordo, não pagouo prometido – e o jogador foi para o São Paulo.

Mais terrível que o gerenciamento do futebol, foi a ausência do centenário. Sim, ausência. Faltam semanas para o centenário da fundação e nada foi feito. Um jogo contra a Fiorentina? Um uniforme azul? Só isso? Nenhuma grande contraração, nenhuma festa, nenhum relógio com contagem regressiva…. Nenhum grande patrocinador.

E José Carlos Brunoro é homem de marketing. Não viu que tudo estava errado? Que nada foi feito? Só percebeu agora, no segundo semestre? E assumiu o cargo.

O que pode fazer agora?

Pode começar pagando a grande dívida que tem com o clube. TEM UM CENTENÁRIO AÍ, BRUNORO. TEM UM CENTENÁRIO AÍ, PAULO NOBRE.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.