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Michel Bastos não é craque, mas pode ajudar o time. E Boschilia, como fica?

Menon

13/08/2014 11h33

As dicas de Ataíde Gil Guerreiro foram corretas até certo ponto. Michel Bastos realmente é um jogador que fez sucesso na Europa, que já atuou na seleção e que deseja estar próximo visando nova convocação. Basta lembrar que foi com Dunga que assumiu a lateral esquerda na Copa de 2010.

Dicas corretas, mas craque? Craque, não, por mais que essa definição esteja flexível nos dias de hoje. A palavra craque foi uma pegadinha que serviu para atrapalhar deduções de jornalistas e torcedores.

Michel Bastos é um jogador que pode atual na lateral esquerda ou no meio, formando o 4-2-3-1 pela esquerda ou pela direita. Comparado com Álvaro Pereira ganha na chegada rápida ao ataque, no cruzamento e no chute forte. Perde na marcação e na identidade com o clube, algo que é importante. Com Pato, Kaká, Kardec e Ganso, acho difícil que Muricy abra mão do uruguaio. O mesmo vale se estiverem atuando Osvaldo ou Luís Fabiano.

O fato de não marcar tão bem fez com que Michel Bastos mudasse de posicionamento na Europa. Por lá, jogou aberto na esquerda e também na direita. Estava atuando assim quando Dunga o convocou para a lateral esquerda. Mais perto do gol, seu chute forte torna-se uma arma importante.

Estaria o São Paulo conseguindo já o substituto de Kaká, que não ficará no próximo ano? Pode ser, desde que se mude o esquema porque Michel não funciona por dentro, seu rendimento é sempre maior pelo lado do campo.

Mas se for isso, não seria melhor ir preparando Boschilia para o time titular. O garoto das seleções de base tem bom futebol, apesar de ainda não ter demonstrado todo seu potencial. O que é normal, a não ser em exceções como Kaká e Lucas. Não seria melhor apostar em um jovem que pode ser vendido e ajudar as finanças do clube do que em um veterano já iniciando o outono da carreira?

É a pergunta que fica. De qualquer maneira, a diretoria do São Paulo mostrou agilidade e trouxe mais um bom jogador para seu elenco.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.