"Vou botar uma mescla entre jovens e veteranos, buscar sangue novo, aguçar a competitividade entre eles, não deixar ninguém pensar que é dono, ninguém se acomodar".

" [Neymar] Ele é o melhor jogador brasileiro. Para ter carimbo de craque, tem de ter o carimbo de campeão mundial nas costas. Mas vamos trabalhar, na Seleção, para ele jogar acima da média que define um craque".

As duas frases são de Dunga, em entrevista à revista Época. A partir dela e conversando com alguns amigos, cheguei a alguns nomes e ao estilo que terá a seleção brasileira.

Muito mais fácil do que acertar os nomes é ter a certeza que teremos novamente uma "família" em que o talento parece algo pouco benquisto. Acima dele, está o grupo. Essa entidade, o grupo. Nenhum de nós é mais forte do que todos nós juntos.

Tenho medo dessa opção, que, a primeira vista, parece correta. Na prática, o resultado disso nos deu o quê? Em 2006, a panela de Ronaldo e Roberto Carlos, em 2010, os evangélicos usando a seleção como arma de louvor a Deus e em 2014, a família Scolari obrigando Oscar a jogar como terceiro volante e deixando Hulk em campo – correndo, marcando, lutando, suando e mais monte de gerúndios escondendo sua falta de categoria.

A segunda frase de Dunga me pareceu arrogante. Pode ser entendida assim: Neymar não é craque, mas comigo ele pode ser.

Mas, vamos descobrir os nomes de Dunga?

Quem seriam os veteranos?

Acredito em Robinho, Kaká e Miranda. Os dois primeiros foram levados por Dunga à Copa de 2006 e podem ser referência em um início de trabalho. Os dois estiveram perto da lista final de Scolari, mas foram tirados até dos 30 finais. Scolari não queria sombra para ninguém. Cumpriu a promessa de ir até o Inferno com seus jogadores. Miranda teve uma temporada ótima em 2013 e terá sua chance.

Entre os novos, Fred, 20 anos, meia revelado pelo Inter em 2012 e atualmente no Shakhtar Donetsk e Alex Telles, 21 anos, lateral revelado pelo Grêmio , atualmente no Galatasaray, são fortes. Rafael, goleiro revelado pelo Santos e atualmente no Napoli e Neto, goleiro revelado pelo Atletico-PR, atualmente na Fiorentina, também.

Philippe Coutinho é muito provável. Nao teve chances com Felipão, é novo e joga muito. É o elemento de "briga interna" com Oscar e Willian, que também podem estar na lista. Lucas, do PSG, também será levado em conta.

Outros nomes que Dunga pensa em chamar: Rafinha, Fábio Santos – é um bom marcador, de perfil baixo – Elias, Allan Kardec, Lucas Leiva e Ganso.

Rafinha Alcântara, que já foi chamado por Gallo, pode estar na lista. Dunga está procurando jogadores com dupla nacionalidade e não quer perder ninguém para seleções europeias.

Felipe Melo foi tão massacrado quanto Dunga em 2010. Em algum momento do ciclo Dunga estará de volta.

Ricardo Goulart, destaque do Brasileiro, e Diego Tardelli, também têm chances.  As de Ricardo são imensas.

Dentre os que estiveram na Copa, acredito que Dunga dará um gelo em David Luiz. Thiago Silva, se for chamado, não deve ser o capitão. Marcelo não deixou boa impressão em Dunga na Olimpíada de 2008. Hulk e Bernard não parecem ter chance. Fred e Jô também não.

Esperemos.

De todos os citados, minhas apostas ficam em Rafael, Rafinha, Miranda, Elias, Lucas Leiva, Phillipe Coutinho, Ricardo Goulart, Ganso, Lucas Moura e Allan Kardec. 

E NEYMAR, É CLARO. Afinal, Dunga vai transformá-lo em craque.

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