Gil, esqueça Pelé e seja tão corajoso quanto Aranha

Estou torcendo muito para que o zagueiro Gil, do Corinthians, siga os passos de Aranha e busque na justiça uma reparação pela injúria racial que sofreu. De forma ainda mais covarde do que Aranha, ofendido "ao vivo" pela Patrícia Moreira e outros que juram não ser racistas. A ofensa a Gil veio pelas redes sociais. O ofensor está longe, não pode ser confrontado. Esconde-se na distância, mas estupidamente deixa o seu nome na rede. Marcado para sempre.

A ofensa veio em "defesa" de Pato. Tudo começou com um mimimi do próprio Gil. Pato postou um alento a seus companheiros de time antes do clássico contra o Corinthians. Foram chamados de "guerreiros". Após o jogo, Gil mandou um "chupa, Pato, aqui é Corinthians". Foi "repreendido" por Souza, do São Paulo, que o chamou de "torcedor" e lembrou que o São Paulo ainda estava na frente por dois pontos.

Infantilidade, grosseria, coisa de quem não tem o que fazer, brincadeira entre amigos? Sei lá, pode ser tudo. Pode ser nada. Até que alguém, sem ser chamado, entra na conversa e diz que Gil é um "macaco de merda".

Gil precisa reagir. Procurar um advogado e seguir a Lei. Esse é o caminho trilhado de forma magnífica por Aranha. Foi até o final, sem se render à cultura midiática, à busca por espetáculo. Foi digno ao se recusar a abraçar a agressora. Se fizesse isso, diriam que ele é um cara espetacular e a rede de televisão ganharia pontos no Ibope. Como cidadão, recusou e mostrou que não se pode tolerar esse tipo de coisas.

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