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Mário Gobbi e Mano : avestruz, estátua, como está fica

Menon

17/10/2014 13h00

A relação entre Mário Gobbi e Mano Menezes me parece aquela brincadeira antiga – pré-histórica – dos meus tempos de criança, o jogo da estátua. A criançada saía correndo e o "pegador" ia atrás. Quando conseguia encostar a mão em alguém, gritavea "estátua" e  sujeito ficava parado, sem se mexer. Haja o que houver, fizesse chuva ou sol, se houvesse terremoto ou tsunami, estava sujeito à imobilidade.

Mesmo se perdesse por 4 a 3 de virada. Um verdadeiro cataclisma que não interfere no poder de Mano. Ele continua forte, não é atingido. Ao não tomar nenhuma atitude, ao deixar a solução para o próximo presidente, Mário Gobbi está abrindo mão de governar. Deixa a decisão para o futuro. Se vai manter Mano, que fosse na coletiva e desse a maior força ao treinador. Dissesse que ele é isso e aquilo, o bambamban, o homem certo para conduzir o Corinthians.

Nada disso. Gobbi se ausentou. Brincou de estátua, colocou a cara no chão como um avestruz.

E Mano? Ele que deixou o Flamengo porque não conseguia se fazer entender, possivelmente acredita ainda em uma recuperação. Ou então, é outro avestruz, outra estátua. Sabe que vai sair, mas fica mais alguns meses. É mais cômodo.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.