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#152 Gol de Firmino é para emocionar. Gol de David Luiz é preocupante

Menon

18/11/2014 17h06

E o Brasil de Dunga ganhou a sexta seguida. Os 2 a 1 contra a Áustria levaram a seleção ao espetacular saldo de 14 gols a favor – 1 a 0 contra Equador e Colômbia, 2 a 0 contra a Argentina, 4 a 0 contra Japão e Turquia foram os jogos anteriores – e dão tranquilidade ainda maior para o atual estágio da preparação que visa a Copa América do próximo ano.

Foram dois gols que me causam emoções diferentes.

O de Firmino, jogador de 23 anos, é o gol da ressurreição. Mostra que sempre há um futuro para a seleção. Sempre há alguém novo mostrando futebol de alto nível. Um golaço bem ao estilo brasileiro, chute forte de fora da área. Sempre soubemos saber chutar. Gol da esperança.

O de David Luiz é preocupante. Dá mais gás a um jogador que nunca me tranquiliza. Sua participação na Copa do Mundo não sai da minha cabeça. O choro desabrido na hora do Hino, com a camisa de Neymar segurada como se fosse uma espada. E depois sua participação patética contra Alemanha e Holanda. David Luiz é um jogador que não guarda posição, deixa a zaga para avançar pela ponta esquerda, vai pelo meio, pula, cai, se descabela. Puro marketing.

Lógico que não é o pior zagueiro do mundo. Lógico que tem qualidades, mas, para mim, não deve estar na seleção. É problema certo. E, ao fazer um gol, seu afastamento fica cada vez mais longe.

O Brasil teve alguns problemas no primeiro tempo. A Áustria mostrou-se um time compacto, marcando no campo brasileiro e não dando espaços para contra-ataque. O primeiro chute do Brasil foi aos 33 minutos.

O segundo tempo mostrou o Brasil melhor, com a aproximação de Willian e Oscar, que estavam muito atrás. Mesmo assim, o jogo não mudava. Era Brazzzzzzzzzzzzzilllllll x Auzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzria, bem sonolento.

Então, David Luiz fez um gol puxando a camisa do zagueiro. Filipe Luiz bobeou na marcação e Oscar precisou fazer um pênalti, que resultou no empate austríaco.

Depois, Roberto Firmino tornou rompeu o gris e deixou o jogo – ou pelo menos o Brasil – mais luminoso, com um gol que trouxe a alegria e esperança aos que não perdoam o 7 a 1 e sonham com um novo Brasil.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.