Paulo Nobre não tem orgulho de nada em 2014. Ótima notícia
Estive na coletiva do presidente Paulo Nobre, na tarde de terça-feira. Fiz duas perguntas. 1) Falando apenas em futebol-14, qual acerto de sua gestão lhe deixa orgulhoso. 2) O time de 2014 é melhor ou pior do que o de 2013 que conseguiu o acesso?
Ele começou respondendo a segunda. Disse que a comparação era difícil porque os adversários enfrentados eram de nível muito diferente, mas que ele considerava o time atual melhor, embora mais desequilibrado. E, o mais importante, tem certeza que o time de 2015 será melhor que os dois.
Esqueceu de responder a primeira. Insisti. Minha pergunta foi feita após o companheiro Alexandre Silvestre, da TV Gazeta, inquirir, de forma incisiva sobre seus erros. Eu preferi o caminho mais suave. Do que ele se orgulha? Minha aposta é que Paulo Nobre falaria das revelações da base, algo que sempre foi muito fraco no Palmeiras.
Ele falou que o momento era duro e que realmente uma análise apontaria mais erros do que acertos e que deixaria para os jornalistas a opinião sobre o que foi certo e errado. Nada de orgulho. Nada que deixasse o coração leve, nada que permitisse dizer que uma semente estava plantada, nada que desse esperança.
Ótima notícia para o palmeirense. Mostra que Paulo Nobre realmente não gostou do trabalho feito. Não o conheço a ponto de afirmar se ele está se colocando entre os que erraram tanto que não lhe permitem citar um motivo de orgulho. Está muito decepcionado.
Se houver lógica, tudo vai mudar já que não do que se orgulhar. Não há motivos de satisfação – ainda que mínima – e então é hora de trocar tudo. Começar do zero para se afastar da possibilidade do zero, do abismo.
Ele começou afastando todo o departamento de futebol. Brunoro, Feitosa e Dorival Jr. Talvez Dorival pudesse continuar. A partir do zero, iniciando um trabalho seu, com jogadores indicados por ele mesmo, a coisa melhoraria? É uma possibilidade em que Paulo Nobre não viu futuro. Grandes desastres necessitam grandes mudanças.
Eu acho que apenas Prass, Tobio, Valdivia e Henrique deveriam continuar. Ao lado deles, os garotos Nathan, Gabriel Dias, Vitor Luis, Renato, João Pedro e Allione. São dez nomes. Muitos outros precisam vir, de fora ou da base, para construir um Palmeiras, que, ao final de 2015, dê muito mais que um motivo de orgulho ao seu presidente e ao seu povo.
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