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Carlos Miguel Aidar e a mulher...de Júlio César

Menon

17/12/2014 13h08

Como bom advogado, o presidente Carlos Miguel Aidar deve conhecer muito provérbio latino. Como homem culto, deve conhecer a história de Júlio Cesar e Pompéia, sua mulher. No ano 63 a.c Julio César foi elito pontífice máximo, um cargo muito importante. Pompeia, devido ao novo cargo do marido, era responsável pela organização dos ritos de Boa Deusa, em dezembro, exclusivo para mulheres.

Pompéia tinha um admirador, Públio Clódio Pulcro, que, apaixonado, abandonou todas as precauções e entrou de penetra na festa, vestido de mulher. Foi descoberto. Uma investigação mostrou que não havia nada que culpasse Pompeia. Não havia feito nada de errado. Mesmo assim, Júlio César a abandonou.

Explicou sua atitude com a famosa frase. "À mulher de César não basta ser honesta, é preciso parecer honesta".

Carlos Miguel declarou que sua namorada, Cinira Maturana, tem um contrato de comissionamento com o clube. Receberá – como toda outra pessoa – 20% dos valores dos contratos que conseguir com o clube. Os comissionamentos fazem parte da estratégia de Carlos Miguel em conseguir mais dinheiro para o clube.

Um dos motivos do rompimento de Carlos Miguel com Juvenal foi o fato de o novo presidente haver designado sua filha, Mariana, para um cargo importante do clube. Como ela é agente Fifa, houve insinuações de que faria negócios privilegiados com jogadores da base. Aidar ficou irritado, magoado e demitiu a filha.

Agora, permite que a namorada ganhe dinheiro negociando em nome do clube.

Ao tomar atitudes diferentes de Júlio César e não dar aval ao seu ditado, o presidente fica exposto a novas acusações e suspeitas. Podem dizer, por exemplo, com certa dose de maldade, que ele prefer diados populares como 1) farinha pouca, meu pirão primeiro ou 2) de grão em grão, a galinha enche o papo.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.