Dilma e Mercadante exigiram de George Hilton manutenção da equipe olímpica

Quando a presidente Dilma Rousseff definiu que o Ministério da Pesca iria para o PMDB e que alojaria o PRB no Ministério dos Esportes, deslocando o PCdoB para Ciência e Tecnologia, deixou claro que não queria mudanças bruscas na condução do processo olímpico. Ao se definir que George Hilton seria o ministro, a recomendação foi direta: o que está funcionando bem, deve continuar.

O resumo da ópera trará a convivência entre comunistas do PCdoB e evangélicos da Igreja Universal do Reino de Deus. Ideologias e crenças serão deixadas de lado em nome de uma boa Olimpíada. George Hilton, nos próximos dias, oficialmente definirá a permanência de Ricardo Leyser na secretaria nacional de esportes de alto rendimento.

O novo ministro, que se assustou com as críticas recebidas, já lançou pontes ao movimento Bom Senso. Pretende conversar com os jogadores e também com outros que o criticaram como a ONG Atletas pelo Brasil, de Raí e Ana Moser.

George Hilton pretende deixar uma marca no Ministério do Esporte e não será com a Olimpíada, que ele considera bem encaminhada. A ênfase será dada ao esporte de base, com ações comunitárias. Ele aposta na massificação e, para isso, conta com a capilaridade que o PRB tem conseguido. Além do Ministério, o partido comanda as secretarias estaduais de Esporte de São Paulo (Alckmin-PSDB), Brasília (Rollemberg-PSB), Minas Gerais (Pimentel-PT) e Ceará (Camilo-PT). Em Brasília, o PRB indicou Leila, ex-atacante da seleção brasileira feminina de vôlei.