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"Esqueçam a Cinira", diz Aidar, que definirá caso da Taça das Bolinhas

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11/02/2015 10h40

A reunião do Conselho Deliberativo do São Paulo terminou com o presidente Carlos Miguel Aidar fazendo um pedido aos opositores. "Esqueçam a Cinira. O contrato dela com o São Paulo foi rompido. Não existe mais possibilidade de ela fazer negócios com o clube. Então, vamos mudar de assunto. Vamos falar de gestão". O pedido-desabafo veio após os conselheiros Yves Gandra Martins e Olten Ayres de Abreu haverem pedido pela união do clube, por uma aproximação entre Carlos Miguel e Juvenal Juvêncio, o ex-presidente.

Cinira Maturana é namorada de Carlos Miguel e atuava na busca de patrocínios e de outros negócios com o clube. Tinha direito a 20% do valor conseguido. A denúncia do caso tomou conta de outras reuniões do Conselho. A repercussão foi muito grande e levou ao cancelamento do contrato e ao ponto mais baixo da relação entre Aidar e Juvêncio. Rompimento total, com direito ofensas de ambos os lados.

Juvenal falou bastante na reunião. Foi o destaque da primeira parte. Disse, dirigindo-se a Aidar, que as cobranças vão continuar, que continuará vigilante e que agirá sempre que investigações mostrarem erros. E terminou dizendo que só se dirigirá ao atual presidente quando for atacado por ele.

Carlos Augusto Barros e Silva, presidente do Conselho,  disse que a Taça das Bolinhas pertence ao São Paulo. O Conselho entende assim e qualquer outra decisão deve ser tomada pelo presidente e pela diretoria.

Carlos Miguel terá então de enfrentar algumas contradições.

1) Como presidente do Clube dos 13, ele definiu que o Flamengo é o campeão brasileiro de 1987.

2) Como advogado do São Paulo, contratado por Juvenal Juvêncio, defendeu que o campeão de 1987 é o Sport, o que garantiria ao São Paulo a Taça de Bolinhas, por ser o primeiro clube a ganhar cinco vezes o Brasileiro.

3) E agora? Cabe ao presidente Carlos Miguel Aidar decidir se a razão está com o dirigente Carlos Miguel Aidar de 1987 ou com o advogado Carlos Miguel Aidar de 2012.

Vai pedir a opinião de Juvenal? Ou da Cinira?

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.