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Jadson não quis ser ídolo. Preferiu ficar mais (ainda mais) rico

Menon

23/02/2015 22h41

Amigos, aqui no meu blog eu não tenho a pretensão de esgotar em um texto todas as faces de um assunto. Prefiro escolher um deles e batucar nas pretinhas, como se dizia antigamente quando havia máquinas de escrever.

Então, antes de entrar no tema proposto no texto, vamos esclarecer algumas coisas.

1) O Corinthians não moveu uma palha para ficar com Jadson. Não acenou com a mínima possibilidade de renovar seu contrato no final do ano.

2) Ele ganhará muito mais dinheiro na China do que no Brasil.

3) A torcida que admira Jadson agora iria vaia-lo na primeira partida ruim.

4) Uma situação hipotétca. No final do ano, um ladrão rouba todo o dinheiro acumulado até hoje por Jadson. Todo. Ele fica sem nada. Tenho a certeza que o clube não o ajudaria.

Mesmo assim, com todos os argumentos que eu listei somados com todos os outros que vocês estão se lembrando e eu esqueci, se fosse Jadson eu faria de tudo para ficar.

Pediria ao presidente para ficar. Aceitaria um novo contrato pelo mesmo salário em 2016. Diria que virei corintiano. Daria um jeito de o Corinthians aumentar sua participação nos meus direitos.

Faria de tudo que não me envergonhasse.

Por que?

Para ser ídolo no Corinthians. Para ter meu nome lembrado eternamente. Para que a torcida me amasse. Para fazer parte da história de um gigante do futebol mundial. Para que pais contassem aos filhos que eu fiz de tudo para jogar no Corinthians. Para ser o Jadson da Fiel.

Sinceridade? Só faria isso se fosse, como Jadson é, um milionário. Com todo o dinheiro que tem, com o dinheiro que ainda ganharia, Jadson pode muito bem abdicar do exílio dourado na China. Já teve, como lembra o amigo Maurício Oliveira, sete anos na Ucrânia.

Em alguns anos, Jadson será lembrado como meia habilidoso de chute forte que fez muito sucesso no Furacão, que saiu do São Paulo com fama de quem se abatia na primeira adversidade e que saiu do Corinthians para ganhar dinheiro (muito mais dinheiro) na terra do Tio Mao.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.