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São Paulo sonolento só empata. E Wesley vem aí para mudar tudo

Menon

01/03/2015 18h12

O amigo Fábio Chiorino (@fchiorino) mandou essa no twitter: "São Paulo anunciou Wesley e, em homenagem, jogadores fizeram corpo mole a partida inteira contra o Rio Claro".  Com ironia fina, mostrou a moleza do time em campo e colocou em dúvida as qualidades atléticas e éticas do novo contratado.

O jogo foi só isso. No primeiro tempo, o calor derrotou os dois times. Mas, mesmo com ele, dava para jogar melhor. Dava para ter ao menos uma escapada pelos lados do campo. Só Michel Bastos jogou. No segundo tempo, houve mais velocidade mas pouca bola.

Não entendo para que jogar com dois volantes contra o Rio Claro. Muricy deveria ter repetido os cinco que venceram o Bragantino: Boschilia, Pato, Kardec, Centurión e Michel. No final, o resultado foi justo. E o zero também.

E Wesley? Vai ter de provar muito. Besteira falar em chapéu porque os palmeirenses estão comemorando e muito a sua saída. Sai odiado de um clube por sua malemolência e falta de vontade em jogar, principalmente nos últimos seis meses. E chega ao São Paulo de Ataíde Gil Guerreiro, que jurou de pé juntos não ter nada a ver com o jogador.

Futebolisticamente falando, acho que Wesley pode ajudar a resolver um problema grave do São Paulo: a transição de bola do meio campo para o ataque. Denílson, Souza, Hudson, Maicon (que saiu) e Thiago Mendes (um pouco menos que os outros) não fazem isso. São lentos. E Ganso demora a receber a bola. Também não se esforça muito para isso.

Com Wesley, pode mudar. Também pode ser um lateral direito melhor que os outros. Mas, antes, precisa provar que tem caráter e que o ódio verde é injustificável. Vai ter trabalho. Mas tem quatro anos para fazer isso. Ou três e meio, porque então já poderá ter assinado um pre contrato com seu futuro time e começar a tirar o pé novamente…

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.