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Drogas, infartos e suicídios marcaram a vida e morte de lutadores famosos

UOL Esporte

24/03/2015 05h00

A morte de Hijo del Perro Aguayo não foi uma novidade para um profissional de luta livre dentro do ringue, exercendo sua profissão. A morte mais antiga, em 1959, foi de Jesus Gonzalez Cruz, que encarnava o personagem Othon van Zicka. Enrolou-se na corda e morreu. Vinte anos depois, Sangue Índio, de apenas 24 anos, errou um golpe espetacular e bateu a nuca em uma poltrona.

A primeira tragédia registrada diante das câmeras foi a morte de Jesús Javier Hernández Silva, o Oro, que lutava com máscara. Em 1993, em uma luta de três contra três, estava ao lado de Fera e Braço de Prata contra Kahoz, Dr. Wagner e Cheque Mate. Sofreu uma chave de pescoço, desmaiou e morreu antes da chegada da ambulância.

O canadense Owen Hart preparou uma entrada triunfal no ringue em 23 de maio de 1999. Veio pelo ar, bem alto, com seu colete preso a um cabo de aço, que se rompeu. Caiu de uma altura de 24 metros.

Anjo Asteca teve um infarto, em 2007, quando enfrentava Atlantis.

Em 2001, nos EUA, Brian Ong se enrolou na camisa de Great Khali, enquanto sofria uma chave. Caiu mal e quebrou a nuca.

A morte, porém, ronda os wrestlers não apenas sobre o ringue. A mais lembrada, por ser a mais trágica, é a de Chris Benoit, canadense que ganhou duas vezes o título mundial, quatro títulos intercontinentais e quatro dos Estados Unidos.

Em 2007, em um final de semana, matou sua mulher, Nancy e seu filho Daniel, de 7 anos. O filho sofria da síndrome de Martin-Bell, transtorno hereditário que leva à deficiência mental. Benoit se enforcou com um cabo de aço em sua academia particular. Michel Benoit, pai de Chris, pediu que seu cérebro fosse analisado pela Universidade de Virgínia Ocidental e constatou-se que estava muito danificado, semelhante á de um homem de 85 anos com Alzheimer.

Com corpos construídos à base de muito esteroides não é estranho que lutadores morram ainda jovens, geralmente com problemas cardíacos.

Art Barr, norte-americano que era ídolo no México, foi encontrado morto, junto com seu filho de quatro anos, em sua casa. Falou-se em ataque cardíaco e depois de uma overdose de álcool e drogas.

Ataques cardíacos mataram Umaga, 36 anos, Road Warrior Hawk, 46 anos, Yokosuna, 34 anos, Ricky Rude, 40 anos, Brazo, 55 anos, Hercules, 47 anos, Davey Boy Smith, 39 anos, Brian Pillman, 35 anos, Big Moss Man, 41 anos, Andre The Giant, 46 anos e Eddie Guerrero, de 38 anos, que lutava também contra os vícios de droga e álcool.

Por uso de drogas morreram Sensational Sherri, 49 anos, Test, 33 anos, Crash Holly, 33 anos, Mr. Perfect, 44 anos, Miss Elizabeth, 42 anos, Crush, 44 anos, e Bam Bam Bigelow, 45 anos, que era considerado um herói por haver salvo três crianças de um incêndio. Teve queimaduras em 40% do corpo.

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.