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Malcom, Lucão e Gabriel (que Oswaldo não me ouça) fazem valer o Paulistão

Menon

24/03/2015 22h50

O Corinthians ganhou da Portuguesa. Qual a novidade? O Corinthians se classificou. Qual a novidade? O Corinthians sacramentou a classificação do Palmeiras. Inusitado, mas qual a novidade na classificação do Palmeiras? Do São Paulo? Do Santos? Da Ponte?

Novidade no jogo foi Malcom fazer dois gols. Ele disse que até se assustou. Por enquanto. Logo não vai ser novidade alguma. O garoto é bom de bola, já mostrou algumas vezes e está em um time muito bem organizado, o que facilitará sua ascensão. Logo estará fora do Brasil. Qual a novidade? Pena que o Corinthians ficará com apenas 30% dos direitos. Mas, qual é a novidade mesmo?

Na verdade, Malcom já poderia ter jogado mais vezes. É muito habilidoso, atacante e dá pinta de que tem brilho instantâneo, atrasado por precaução de treinadores e presenças nas seleções de base.

Lucão, ao contrário, não aproveitou as primeiras chances. Não brilhou. Falhou e muito. Mas teve sua ascensão bancada pelo São Paulo. Por ele, Antônio Carlos nem foi inscrito no Paulistão. E Muricy, tão criticado pelos cronistas de base, bancou o garoto. Agora, seu currículo nas seleções de base não causa estranheza. Parou de errar, está fazendo bons desarmes e mostrando muita velocidade. Pode dar jogador.

Gabriel é o nome verde para formar a trinca. Tem força e habilidade. Oswaldo que não me ouça – não estou na idade para ser comparado com tiete de Beatles – mas ele já merecia mais chances. Tem cara de futuro. De gols garantidos e dinheiro na conta. Infelizmente, como vivemos na periferia do futebol e somos apenas fornecedores de carne fresca, os gols serão poucos. E o dinheiro será ilusório. Qualquer manezinho belga custará o quádruplo.

Malcom, Lucão, Gabriel. Há outros, como Boschilia (Ah, mas o Muricy não dá chance para ninguém), Ewandro (ah mas o Muricy precisa fazer o garoto jogar 18 seguidas antes de tirar), Yago, Felipe, Gustavo Henrique… Para alguma coisa o Paulistão está servindo.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.