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Palmeiras precisa de um centroavante. E Jô está renascendo

Menon

10/05/2015 11h17

Quando Jô fez o segundo gol do Galo, uma grande revoltas surgiu entre os palmeirenses nas redes sociais. O comentário mais ácido dizia o seguinte: "Palmeiras tem de cair para a segunda divisão direto. Tomar gol do Jô não é possível".

Há justificativas para o desalento. Jô ficou um ano sem fazer um gol. Nesse período, mostrou muito mais seu déficit de profissionalismo do que suas qualidades de jogador. Mas, há outro lado. Foi o seu segundo gol em dois jogos. Parece estar ressurgindo. Pode ser apenas um intervalo até a próxima fuga da concentração, mas pode ser também o início de renascimento.

E Jô é um jogador de destaque. Um centroavante como o Palmeiras não tem. Me parece o grande erro de Alexandre Mattos na composição do elenco. Trouxe 21 jogadores e nada de um definidor. Pior, ainda. Deixou Henrique sair para ficar com Leandro Banana. Na Portuguesa, Henrique era reserva do Gilberto, que está no Vasco. E Leandro era reserva de Henrique.

Leandro e Cristaldo são piores que Luís Fabiano, Pato, Kardec, Ricardo Oliveira, Gabigol, Guerrero e Vagner Love, quando e se Vagner Love voltar a jogar bola.

E há Gabriel Jesus. Um grande futuro. Fez uma jogada linda, cortando o zagueiro e chutando em seguida. Como Muller fazia. Mas ainda é um menino. Menino Jesus que ainda não faz milagres. Pode decidir jogos, mas não campeonatos. E está indo para a seleção, desfalcando o time.

Em conversa com um amigo querido, chegamos à conclusão que Osvaldo está errado em outro ponto. Robinho é um bom meia, que pode jogar como segundo volante contra times de pouca força ofensiva. Algo muito comum no Paulistão. É difícil que renda bem contra times fortes. E, decididamente, não pode ser o primeiro volante.

Foi o que se viu conta o Galo, quando Osvaldo tirou Gabriel para a entrada de Allan Patrick, recuando Robinho. O Galo teve todo o espaço para o contra-ataque e perdeu duas boas chances antes de definir o jogo.

Falta centroavante ao Palmeiras. Uma lacuna que pode cobrar uma conta salgada ao final do campeonato.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.