Ghiggia morreu? Há quem o tenha visto no Canadá
Quem sabe um dia, com o avanço da Ciência, alguém possa explicar como o ponta -direita Alcides Eduardo Ghiggia pôde se deslocar de Montevidéu, no Uruguai, a Hamilton, no Canadá tão rapidamente. Levou uma semana para cobrir os 9 mil quilômetros? Fácil? Não se esqueça, meu amigo, que Ghiggia estava morto.
Sim, nosso Carrasco Eterno, havia deixado o mundo no dia 16 de julho de 2015, exatamente 65 anos depois de fazer o gol que deu o segundo título mundial ao Uruguai. O título que era nosso e que foi deles. Ghiggia, o primeiro homem a calar o Maracanã. Depois, foi seguido por Frank Sinatra e por João Paulo segundo. Mas, ambos, com alegria. Nunca com aquela tristeza que não tem fim.
E o que fez Ghiggia, depois da morte? Pediu um tempo antes de se juntar aos craques eternos? Disse a Obdulio Varela esperar um pouco que ele ainda tinha algo a fazer por aqui? Ou foram Obdulio e Maspoli, os donos do time de 50 que lhe indicaram a última missão? Não sei. Ninguém sabe.
O que se sabe é que sete dias após morrer, 50 anos após fazer o Brasil sofrer, Ghiggia estava no estádio de Hamilton na semifinal do Panamericano. Ou vocês acham que Marcelo Santos era mesmo Marcelo Santos quando recebeu aquela bola na direita, avançou sobre uma zaga que marcava em linha e fez o gol da virada?
São muitas semelhanças. A maior, fruto de nosso crescimento como País, é que ninguém irá crucificar Andrey, tão negro como Barbosa era.
Descanse em paz, Ghiggia. Não há mais nada a fazer por aqui. Deixe de assombrar garotos mal preparados.
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