Topo

Menon

Deu a lógica em Itaquera. E no Mineirão. Apesar de Osorio

Menon

30/07/2015 00h03

Nenhuma surpresa nos dois jogos da noite. Em São Paulo, o estranho foi o empate no primeiro tempo. Depois, tudo se normalizou. O Corinthians tem qualidade, é bem montado e o Vasco é muito fraco. Tem 21 gols de déficit. Contra os paulistas, fez um gol e levou 14.

Em Minas, o líder do campeonato venceu o São Paulo desfigurado pelo seu presidente. Poderia ser diferente, graças a Osorio. O colombiano armou o São Paulo muito bem. Foi um time moderno, com três zagueiros, Michel Bastos como volante, Ganso e Pato em uma linha atrasada em relação a Luís Fabiano.

O time mostrou atitude. Marcou no campo adversário e se aproveitou dos espaços deixados por Marcos Rocha. Luís Fabiano jogou bem, dividiu, chutou a gol, mas Alexandre Pato fez uma partida bizarra. Perdeu gols e gols. Um absurdo. Mesmo se ele fosse pianista, como no jogo anterior, teria de fazer pelo menos dois gols.

Além dele, a feitura dos gols explica muita coisa.

1 x 0 – Ele aparece na frente do goleiro, chuta, Ceni defende e ele faz o gol, sentado, de ombro ou de cabeça….

2 x 0 – Lucão perde na velocidade para Pratto e o argentino definiu bem.

3 x 0 – Hudson, com a bola dominada, dá um passe para o jogador do Galo.

Tudo definido. Osorio mudou o time. Passou a jogar com quatro atrás, com Rodrigo Caio no meio e Centurión no ataque. E saiu o gol, em um passe de Ganso para Pato. O que deveria ser comum como areia, é raro como pérola.

Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro conseguiram dar ao São Paulo e a Osorio os seguintes zagueiros: Toloi, Lucão (acho que está claro que não em condições de jogar em um time grande), Edson Silva, Breno (parado há três anos) e agora Luiz Eduardo, da Série D.

Rodrigo Caio precisa jogar ora de volante, ora de zagueiro. E ainda há Thiago Mendes, Hudson, Reinaldo…. E garotos imberbes.

Mas é covardia criticá-los quando Pato e Ganso jogam com o entusiasmo de quem extrair um canino sem anestesia.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.