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Menon

River campeão também derrota o Corinthians

Menon

06/08/2015 09h42

A vitória do River repercutirá nos locais sagrados que mantém o futebol no topo das maiores paixões populares e o credencia como uma das maiores invenções da humanidade. Ao lado da roda, que é, pensando bem…uma bola. E que locais são estes?,

Bares. Cafés. Praças. Escritórios. Onde houver um bostero e um gallina, amigos até que a bola role, inimigos mortais desde o primeiro apito. Ou, dias antes dele. E dias depois também. Mas o futebol é tão grande, tão globalizado, que as brincadeiras não ficarão restritas a Buenos Aires ou à República Argentina.

O título do River será comentado, comemorado e lamentado também aqui na Terra de Santa Cruz. Os corintianos haviam deixado claro nas redes sociais sua preferência pelo Tigres. Os clubes mexicanos disputam a Libertadores sem direito de ir ao Mundial de Clubes. Então, se vencesse, o River iria ao Mundial sem o título da Libertadores.

O Corinthians deixaria de ser o único. Acabaria o motivo de muita gozação.

Também não foi convidado, como dizem os rivais. Uma injustiça. A Conmebol definiu que o torneio teria o campeão da Libertadores 98 (Vasco) e o campeão brasileiro, o Corinthians. O anúncio foi feito antes da decisão da Libertadores entre Palmeiras e Deportivo Cali. O vencedor estaria garantido para a próxima edição, que, novamente, teria o campeão do pais sede.

Nenhum problema ético. O campeão do pais sede sempre faz parte dos Mundiais, até hoje. Nada de errado na participação corintiana. Aliás, era um time espetacular. O problema é que a ISL, empresa de marketing, faliu e não houve mais mundiais naquele formato.

E o Corinthians continua sendo o único sul-americano campeão mundial sem Libertadores.

Ou, na linguagem do povo, que predomina nestes assuntos: as galinhas venceram após 19 anos e o gambá é que saiu perdendo.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.