Carlos Miguel cobriu o Morumbi. De vergonha
O caso Iago Maidana é um tiro de canhão na frágil credibilidade são-paulina. Ele passa a impressão, para o mercado, para o mundo futebolístico, de que não há nada feito às claras no São Paulo. Tudo é coberto de dúvidas, de incertezas, uma névoa em vez de transparência.
O presidente Carlos Miguel Aidar diz que o clube não sabia que Iago Maidana pertencia ao Criciúma. Só se ele não não soubesse, o que o tornaria um torcedor muito desinformado. A imprensa noticiava há tempos que o São Paulo tinha interesse no jogador. Jornais e sites de Criciúma apontavam para uma negociação iminente.
Ele diz que não sabia. Quem quiser, acredite.
Mas, pensemos que é verdade. O São Paulo não sabia? E comprou o jogador dois dias depois e ele deixar Santa Catarina para ir a um tal de Monte Cristo, com dinheiro bancado pelo Itaquerão Soccer?
Itaquera é outro mundo, já dizia Carlos Miguel Aidar.
E os valores?
O Itaquerão diz que pagou R$ 800 mil ao Criciúma. O Criciúma diz que recebeu R$ 400 mil. O São Paulo pagou R$ 2 milhões ao Itaquerão. Por 60% dos direitos.
Ou seja, se o São Paulo soubesse que o jogador era do Criciúma, teria pago quatro vezes menos.
E, se não sabia, como ficou conhecendo Iago Maidana?
Só há um meio. Alguém chegou ao clube e disse: há um bom zagueiro em um clube da terceira divisão de Goiás, acabou de chegar de Criciúma.
Legal, vamos ver.
E tudo é visto em dois dias. O cara é analisado, aprovado e contratado em dois dias?
Desculpe, mas é difícil acreditar.
No mínimo, é incompetência.
No máximo, é ladroagem.
Entre um e outro, o clube fica sob suspeita.
Quem vai patrocinar, quem vai fazer negócios com um clube que, a cada dia, convive com nebulosas transações.
Os tais 20% de comissão para Cinira Maturana, namorada do presidente
Os tais 15% da Far East
Carlos Miguel conseguiu que o nome do São Paulo, um dos gigantes do futebol mundial, fosse associado não ao seu passado de glórias, mas há um presente nebuloso e um futuro incerto.
Hoje, graças ao atual presidente, a percepção – talvez injusta – é que o São Paulo não é mais o clube de Leônidas da Silva, de Raí, de Telê, de Sastre, de Ceni, de Cícero….
Hoje, o São Paulo é o clube da Cinira.
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