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Tite é campeão, mesmo com contratações erradas

Menon

29/09/2015 09h25

Os matemáticos falam em 93% de chances, mas a verdade é que ninguém tira o título do Corinthians. Sabe aquela história de que tal coisa é mais fácil que tirar doce de criança? Tirar o título do Corinthians é mais difícil que um cidadão comum tirar a arma de um soldado israelense, mais difícil que a Gisele escorregar na passarela, mais difícil que tirar doce da mão da Ronda.

O Corinthians é como um latifundiário brasileiro. Não dá nada a ninguém.  O que é dele, ninguém tira. O time não cede. Não dá bobeira. Foi a Santa Catarina e venceu o Figueirense. O Galo foi a Santa Catarina e perdeu a chance de manter a diferença, apenas empatando com o Joinville.

Como ultrapassar um time que não perde?

Não ultrapassa.

Tite tem muito mérito. Ele perdeu jogadores importantes como Guerrero, Sheik e Fabio Santos e conseguiu rearmar o time. E conseguiu fazer o elenco dar resposta anímica mesmo quando foi eliminado pelo Guarani do Paraguai, pela Libertadores.

Eu me lembro que há algum tempo fiz uma matéria com Edu, diretor do Corinthians. Ele disse que o clube havia construído um jeito novo de contratações. Havia quatro funcionários especializados em análise de desempenho. Ficavam em uma sala vendo vídeos de jogadores. E  conferindo números.

Assim, com tanta informação, seria difícil errar uma contratação. Fiquei impressionado.

Depois da entrevista, vieram Diego Macedo, Rodriguinho, Airton, Romero, Mendoza e Lincom. Mesmo jogadores de nome como Love e Dracena não agradaram à torcida.

E, mesmo assim, apostando em Gil, Elias, Jadson e Renato Augusto como baluartes, Tite levou o time à iminência do título.

Reclamou nada. Falou muito – como é de costume – trabalhou mais ainda e o sucesso está aí, uma vez mais.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.