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Jadson merece o lugar que Dunga reservou a Kaká

Menon

06/10/2015 08h36

A ausência de Philippe Coutinho deu nova chance a Kaká na seleção. Melhor faria Dunga se optasse por Jadson. O corintiano pode ajudar mais que o jogador do Orlando. Não se trata de currículo, não se trata de passado. A convocação é para dois jogos, é para resolver um problema atual, não se trata de planejar o futuro.

É necessário render agora. E Jadson, com 12 gols no Brasileiro, pode dar mais respostas que Kaká, mesmo que ele esteja bem na MLS. E, na minha opinião, para superar 12 gols no Brasileiro, um jogador da MLS precisa ter feito pelo menos 24.

Além do currículo, além de glórias passadas, o que Kaká pode ter a mais que Jadson é liderança. Realmente, ele sempre foi um jogador afirmativo em campo, desde o início na seleção, atuou perto de seu limite. Jadson é mais introspectivo, com tendência a se recolher dentro da timidez. Foi assim no São Paulo, quando enfrentou a concorrência de Ganso. Foi assim na Copa das Confederações em 2013, quando pouco produziu.

Se for essa a justificativa, significa que estamos mal. A seleção começa a preparação para uma eliminatória duríssima tendo que buscar apoio e liderança em quem já não tem futebol para as grandes ligas, em alguém que não fez diferença técnica – dizem que foi bem como liderança e que ajudou outros a se desenvolverem – no Brasileiro e que agora está em um futebol incipiente.

Não consigo ver Jadson e Kaká como soluções para 2018. Não consigo ve-los como uma vacina capaz de curar nossos males. São, no máximo, uma solução temporária, um band-aid, uma antibiótico. Então, que se aposte na versão mais nova.

Jadson, que pode formar o meio campo com Elias e Renato Augusto, seus companheiros de clube

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.