Dallora chora por um São Paulo que não existe mais
Conversar com Jose Douglas Dallora, dentista de 79 anos, é perceber a decepção com o São Paulo Futebol Clube, entidade que dirigiu de 1982 a 1984, depois de ser diretor de futebol de 1976 a 1980 "O São Paulo era um clube que vendia credibilidade, apostava nos sonhos e hoje é vítima de um escândalo a cada dia. Um horror".
Ele faz uma comparação com os anos de construção do Morumbi e o que existe hoje. "O São Paulo vendeu títulos patrimoniais, vendeu cadeiras cativas e nada existia ainda. As pessoas compravam acreditando que o estádio sairia. O Carnê Paulistão foi um sucesso de vendas. As pessoas acreditavam porque o clube tinha respeito. O São Paulo tinha credibilidade. Agora, como vai conseguir vender um patrocínio máster, com tantos problemas? Esse último escândalo envolvendo o Aidar e o Ataíde foi terrível".
Para ele, o São Paulo deixou de ser um clube cordial com os adversários. "Foi o Juvenal que começou com isso. Quis dar só mil ingressos para o Corinthians e ganhou um inimigo mortal. Não era necessário. No meu tempo, eu ia ao Corinthians sem me anunciar e conversava com o Vicente Matheus. Com o Giuliano (Paschoal Walter Byron, ex-presidente do Palmeiras) e era a mesma coisa. Eles compraram vagas na garagem do Morumbi. Hoje, é impensável".
Em momento de grande crise, ele se nega a apoiar Carlos Miguel Aidar. E também a pedir renúncia. "Disseram que ele iria me procurar, assim como a outros ex-presidentes, mas nã veio não. Acho que desistiu. Eu não tenho nada para fazer, estou com 79 anos, só acompanho as notícias pelo UOL. Quanto à renúncia, ele é que deve decidir. Aidar acredita que tem uma base de apoio para continuar. Eu não sei não. Acho a situação dele difícil. E a situação do clube também. Esse caso do Iago Maidana, que coisa feia. Precisa ir até o fim para ver como vai ficar isso".
Por fim, o ex-presidente, se apega à sabedoria popular. "Nada esta bom, mas não há mal que sempre dure. O São Paulo vai reagir, tenho certeza"
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