Topo

Menon

Um pratto sem ética e inteligência

Menon

17/10/2015 21h49

O fundo do poço não tem fim. Chegou à Coreia, que nos derrotou na estreia do Mundial sub-17.

Os vexames se acumulam e nada indica que vão parar. E por que parariam, se nada é feito?

E o que se faz é de maneira errada.

Sai Teixeira. Entra Marin. Sai Marin e entra Del Nero.

Sai Felipão e entra Dunga.

Sai Parreira e entra Rinaldi.

Quem quiser que preencha a próxima. Há muitas opções.

Sai….Entra….

E agora, a grande novidade. Lucas Pratto, um argentino que nunca foi chamado para sua seleção é cotado para defender o Brasil.

Uma naturalização às pressas passaria por cima dos impedimentos burocráticos.

Mas e os impedimentos éticos? Não existem mais.

Uma seleção deve representar o futebol de um país. De preferência, o estilo de jogo do futebol de um país. Como já abandonamos nosso estilo – passes, dribles, bom cuidado com a bola etc – adotado por uma gama de seleções e times, do Barcelona ao Chile, agora vamos importar um atacante.

A solução é essa? Falta um centroavante, busca na Argentina. Falta um beque, busca no Paraguai. Goleiro? Traz algúem da Romênia, País de Gales, Bolívia….

Assim, não se resolve nada.

Naturalizar Pratto servirá apenas para manchar nossa historia. Nosso futebol nunca naturalizou ninguém. Nunca entregou jogo. É o maior de todos os tempos.

Se não é o maior agora – estamos muito atrasados – é culpa de uma série de erros. A hora – já passou pelo menos um ano – é de analisa-los e enfrenta-los. Olhar para o problema cara a cara. Mudar com seriedade. E enquanto o resultado não chega, purguemos nossa vergonha. Vamos até o fundo do poço, vamos chafurdar na lama, vamos reagir.

E, se não é ético naturalizar, é estúpido naturalizar Lucas Pratto.

Se é para trazer um centroavante, que se busque alguém de nível, alguém indiscutível. Não alguém que tem menos gols marcados que o Ricardo Oliveira.

Lucas Pratto na seleção pode ser resumido assim: levamos de 7 a 1, fizemos um monte de coisa errada no ano seguinte e então….compramos uma solução baratinha.

É muita vergonha, sem ética e sem inteligência

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.