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Menon

Torcer para o Corinthians é uma grande moleza. Defesa que ninguém passa...

Menon

19/11/2015 18h48

Hoje, o meu trabalho é acompanhar Santos x Flamengo. Por isso, não poderei ver Vasco x Corinthians e São Paulo x Galo, partidas que definem o futuro do campeonato. Habemus um campeão? Uma pergunta retórica. O título já é dos seguidores de São Jorge. Hoje, ou domingo, ou….

Um luxo enorme poder escolher a hora de ser campeão. Luxo destinado aos que tem 11 pontos de vantagem em quatro jogos. Luxo que veio com trabalho bem feito e não por desígnio divino. O Corinthians me lembra um adesivo que alguns carros traziam há algum tempo: "Não inveje meu sucesso, faça como eu, trabalhe". Uma coisa meio arrogante, não é? Cheguei a ver o adesivo em uma Brasília velha, talvez a inspiradora do sucesso dos Mamonas.

Não há como contestar o sucesso corintiano. E quem, em vez de trabalhar, ficar atirando pedras verbais, estará apenas contribuindo para que o sucesso perdure. E aumente. Olha só esse número: O saldo de gols é de 37. Se somarmos Galo e Grêmio, os longínquos escoltas, teremos saldo de 35.

Como explicar o saldo? Pelo ataque de 63 sucessos em 34 jogos? Ou, pela defesa que ninguém passa, de 26 gols sofridos? A média dos jogos do Corinthians é de 1,85 a 0,76. Números que passam longe da empolgação, mas que são construídos a partir da consistência. Ou seja, o Corinthians precisa fazer apenas um gol por jogo para vencer.

Essa série de acertos começou quando Andrés Sanches manteve Tite no comando, após a derrota para o Once Caldas. Deu ao treinador tempo para trabalhar, uma nova chance. E ele a aproveitou bem. Nos últimos quatro anos, foram apenas dois técnicos.

O elenco é bem construído, apesar de algumas contratações ruins. A torcida é gigantesca e tem feito do estádio – hoje eu não vou dizer que é feio – uma fonte de rendas e de vitórias.

Há muitos outros fatores, muitos outros aspectos. O Corinthians está pronto para dominar. Quem quiser enfrenta-lo, que comece a trabalhar rapidamente: contrate bem, aproveite a base, venda bem, lute por cotas alternativas….

Caso contrário o grito que ouvirei, quase certamente, na minha janela, daqui a pouco, será uma constante.

Vai, Corinthians.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.