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Nilton Santos, o Corinthians e a preservação da memória

Menon

26/11/2015 17h41

niltonsantosPara quem gosta de futebol, há duas ótimas novidades. O filme "Ídolo", dirigido por Ricardo Calvet, trata – dois anos após sua morte – da história de Nílton Santos, considerado por muitos como o maior lateral esquerdo da história do futebol.

Bicampeão do mundo em 1958 e 1962, Nílton foi um homem à frente do seu tempo. Além de defender, atacava – algo inimaginável para um lateral daqueles tempos – e fez gol na Copa de 58, contra a Áustria.

Muito técnico, jogou também como quarto-zagueiro. Era amigo e conselheiro de Garrincha e é um dos inesquecíveis jogadores daquele Botafogo dos anos 60. Inesquecível? Há alguns anos, disseram a Robinho que Nílton Santos havia se posicionado contra a grande quantidade de faltas que ele estava recebendo. Robinho agradeceu e confessou que não sabia quem era o autor dos elogios.

Não era um homem. Era a "Enciclopédia", como ficou conhecido. Em 1999, fui à Brasília cobrir um jogo do futebol brasileiro e pedi para ser recebido por ele. Abriu a porta de sua casa e me tratou como um velho conhecido. Contou histórias e lembranças e me serviu café com bolachas amanteigadas.

LIVRODANIELAlgo impossível de se imaginar nos dias de hoje. Nílton é o passado que não deve ser esquecido. Mesmo porque é um passado vitorioso. Espetacular e que um filme como esse torna inolvidável.

E quem quiser, daqui a um tempo falar dessa quadra maravilhosa vivida pelo Corinthians, terá de procurar livros de Daniel Augusto Jr. Ele registra, em fotos, os títulos do Timão. Que tem sido constantes e pontuais como o Natal. Ou a Páscoa.

Como o Corinthians caprichou esse ano e o título veio antes, foi possível fazer o livro com antecedência. Já pode ser adquirido em pré venda no site www.mafeli.com.br. Os 400 primeiros terão o nome gravado na capa e receberção convite VIP para o lançamento dia 7 de janeiro na Livraria Cultura, no Conjunto Nacional.

O filme é a história vivida. O livro é a história sendo vivida

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.