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Vasco, Ceará, Santa Cruz e Linense: o futebol vive

Menon

01/12/2015 11h03

O futebol, nestes tempos de gestões, cogestões e gerentes de futebol tratados como ídolos, ainda e capaz de gestos de emoção, que transcendem o financeiro. É amor na veia. São torcidas que carregam times, que aplaudem e fazem jogar, são torcedores proativos que não esperam o jogador fazer para lhe dar um aplauso, eles gritam, urram, choram e ajudam o jogador a fazer.

Foi assim com a torcida do Vasco envolvendo seus jogadores em um corredor polonês do amor. Como chovia muito, eles entraram em campo abraçados, beijados e envolvidos pela torcida. Tamanho amor traz comprometimento.

Foi assim com a torcida do Santa Cruz, lotando o aeroporto para receber seus heróis que voltam à Série A após dez anos. O Santinha, que andou pela Série D, teve uma ascensão meteórica, com direito ainda a três títulos estaduais. Foram jogadores diferentes, treinadores diferentes, dirigentes diferentes, mas com a mesma fanática torcida.

Foi assim com a torcida do Ceará, que levou mais de 40 mil pessoas para o jogo decisivo contra o Macaé. O time, que ganhou a Copa do Nordeste, estava para cair para a Série C. Escapou no último jogo e mostrou toda a loucura de Lisca, o Doido. O treinador tirou a enorme cabeça do mascote "Vovô" , vestiu a fantasia e foi para a galera.

Foi assim com o Linense, que ganhou a Copa Paulista contra o Ituano. Cada jogo levou 10 mil pessoas aos estádios Gilberto Siqueira Lopes e Novelli Jr. Um dos fanáticos linenses era o escritor Mário Prata. O Linense, do grande craque Frangão, pai do professor Mota,  mora no meu coração. Gosto do uniforme e morei muito tempo em Lins. Deixei de estudar para muitas provas para ver jogos no Gilbertão.

É um time histórico, me diz o Guto Elorza, irmão do Jarbas, do Flávio, da Raquel, do Homero e da Mirian. Ele me pediu que falasse da conquista. E eu não posso negar nada para um filho da Dona Lourdes.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.