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Mão de Prass. Pé de Prass. Palmeiras é um campeão limpo

Menon

02/12/2015 23h33

Um fortíssimo chute de pé direito, cruzado à meia altura, pintou de verde a taça da Copa do Brasil. Um verde que já havia sido construído com dois gols de Dudu e que havia ficado indefinido após o gol de Ricardo Oliveira.

Não vou falar em justiça. Vou falar de limpeza. Foi um campeão limpo, em um jogo limpo, sem mimimi de nenhum lado, sem porrada, sem ofensa ao futebol.

Justiça leva todos a se lembrarem de ses. E o Santos tem um enorme se para chorar. Ah, se Nilson fizesse aquilo que é pago para fazer no primeiro jogo. Tocar certo na bola, com o gol aberto. Ensina, Romário.

E o Palmeiras que também reclamava do pênalti não marcado em Barrios, veio para seu belo estádio com a missão de fazer dois gols. E entrou em campo com intensidade total. Teve sua primeira chance com 11 segundos. Mandou no jogo. Não foi uma maravilha técnica, apostou muito em chutões, em ligação direta, mas teve o ímpeto, teve a atitude, teve a vontade…

O Santos sofreu com a má partida de Gabriel e com um Lucas Lima bem marcado. Mesmo assim, teve chances em cima de João Pedro. Teve muita força para reagir após os dois gols de Dudu. Ricardo Oliveira, o matador, que estava apagado, matou.

Difícil entender que ele estava a ponto de deixar o campo, em uma atitude incompreensível de Dorival Jr. Como em 2010, quando tirou Neymar, Robinho e ia tirar Ganso.

E vieram os pênalti.

Marquinhos Gabriel foi comédia verde. Foi tragédia alvinegra. Caiu de bunda no chão e a taça levou a primeira demão verde.

O Pastor colocou no ângulo direito de Vanderlei.

Gustavo Henrique bateu um tiro de meta. E Prass começou a ser herói. Com as mãos

Rafael Marques bateu forte. E Vanderlei virou Van der Sar.

O Santos voltou a sonhar. Precisava de um erro do Palmeiras. Ele não veio.

E, então, com o pé direito, sem as mãos, Prass pintou totalmente a taça. De verde. Verde esperança.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.