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São Paulo perdeu R$ 25 milhões e a credibilidade

Menon

09/12/2015 10h19

A atual diretoria do São Paulo trabalha com o número redondo de R$ 25 milhões perdidos em tenebrosas transações no mandato de Carlos Miguel Aidar. Comissões em excesso, pedágios cobrados de salários, o caso Iago Maidana e muito mais.

O que também se perdeu e não se quantifica é a credibilidade. O mercado fecha as portas a qualquer aproximação dos dirigentes em busca de patrocínios e parcerias. A situação está tão difícil que um dirigente a definiu assim: "nós ainda não chegamos no estágio de ter reuniões produtivas. Estamos no estágio anterior. Nossa luta atual é dizer aos empresários que podem vir até o São Paulo ou receber o São Paulo que não serão vítimas de pedidos de comissões".

Houve um início de conversa com a LG, mas como a notícia vazou, os coreanos desistiram. Já não se fala na possibilidade de um patrocínio máster. A esperança é que se feche alguma coisa para as mangas ou outras partes periféricas do uniforme.

A falta de dinheiro faz com que se pense em um treinador com salário de R$ 300 mi mensais, muito abaixo do que os tops recebem. Cuca, por exemplo, fala em R$ 700 mil. Também, como já se sabia, não haverá contratações caras para substituir Ceni, Luís Fabiano e Pato.

Busca-se um perfil barato, personificado, por exemplo, no atacante Rogério. Os jogadores devem ser mais aguerridos e com um sentido coletivo de futebol. Pode-se dizer que são buscados operários que permitam o brilho de Ganso e Michel Bastos. Aliás, se eles puderem se adaptar ao novo projeto, seria uma atitude muito comemorada.

Se o futuro é sombrio, o presente é pior. O time não tem técnico, não tem esquema, perdeu Ceni, Leo, Luiz Eduardo, Edson Silva, Pato, Luis Fabiano e fará seu primeiro jogo na Pre Libertadores no dia 3 ou 10 de fevereiro.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.