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Delinquentes ameaçam crianças do Corinthians. Diretoria vai reagir?

Menon

17/01/2016 14h16

Criança de 15 anos tem saudades da mãe, tem ciúme do pai e sonhos com a amiga da irmã.

Quer Big Mac, tênis de marca e entrar em filme proibido.

Criança de 15 anos se acaricia debaixo do lençol, sonhando com a primeira transa

Criança de 15 anos vai no matinê, troca gibi e sonha em ser Pelé.

Opa, isso é no meu tempo.

Hoje, está no instagram, face, twitter, adora videogame e em marcar um gol como Messi.

Menos se a criança em questão for um promissor futuro jogador de futebol do Sport Club Corinthians Paulista.

Neste caso, após três derrotas seguidas, deixa de ser criança.

Vagabundos e delinquentes chegam com ameaças. Gritam, ofendem. Ameaçam bater. E crianças que ainda sonham com o sucesso vivem o pesadelo destinado a adultos. O ônibus é cercado por 15 minutos e escoltado pela polícia por 15 quilômetros.

Vagabundos, delinquentes e covardes. Gostaria de ver um protesto em caso de derrota do Vitor Belfort – se ele fosse patrocinado pelo Corinthians.

Mais covarde ainda será a diretoria do Corinthians se não fizer algo, se não colocar-se a favor desses meninos e contra o abuso dos marginais.

Aliás, não sei o quanto pode ser bom para o futebol haver campeonatos sub-15. Nesta idade, os futuros jogadores deveriam praticar futebol sem cobrança, sem muito posicionamento fixo, cada um descobrindo sua verdadeira posição, cada um aprimorando os fundamentos. Um zagueiro de 15 anos tem de aprende a dar um passe de dez metros sem medo de errar.

As exigências cada vez mais rigorosas e sobre garotos cada vez mais novos, leva a baixarias como a briga entre os times do São Paulo e Grêmio, também no sub-15, com quatro expulsos. Algum dirigente vai criticar os meninos do São Paulo, que ganharam por 3 a 1? É capaz de ganharem elogios, de ouviram palavras de incentivo como raça, comprometimento, estou orgulhoso de vocês que ganharam na bola e na briga.

Tá difícil sair deste imenso 7 a 1.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.