Palmeiras é o favorito
Favorito significa ter mais oportunidade de vencer. Uma partida, um torneio, um campeonato. Não significa que levará o troféu para casa. Principalmente, quando se fala de um Paulistão com quatro grandes times. Ressalva feita, eu vejo o Palmeiras como o provável campeão paulista de 2016. E antes de uma análise, brindemos à volta do futebol. A abstinência estava grande. A porteira foi aberta. Vamos correr para os estádios ou para o sofá amigo.
PALMEIRAS – É o mesmo time do ano passado, reforçado com oito contratações. Não são incorporações de luxo, que causem entusiasmo, mas encorpam muito o elenco. Não haverá surpresas como no ano passado, quando a contusão de Gabriel deixou o time mais frágil por não haver peças de reposição. Marcelo Oliveira precisa, porém, dar mais solidez ao sistema defensivo. Em 2015 foram jogos seguidos – muitos – sofrendo gols. Não acho que tenha feito um bom trabalho e agora tem obrigação de se redimir. Mas há muita coisa boa, como Dudu, Eric, Jesus, Barrios, Rafael Marques. Material para um bom ataque. Arouca, Jean, Mateus Salles, gente boa para proteger a defesa que agora tem Dracena, jogador que merece respeito.
SANTOS – Perdeu dois jogadores que se revezavam na mesma posição. Marquinhos Gabriel e Geuvânio farão falta. Não vejo Paulinho com o mesmo potencial. David Braz está contundido e Lucas Veríssimo apareceu mostrando bom futebol. Impressionante como a base santista está sempre aí, pronta para o que der e vier! Tiago Maia, Renato e Lucas Lima continuam formando um meio campo de muito valor. E a Vila é um alçapão. Dorival precisa fazer o time responder na hora certa. O final do ano passado foi ridículo, perdendo posições no Brasileiro e a Copa do Brasil. Uma queda desse tipo, pelo segundo ano seguido, seria inaceitável,
SÃO PAULO – Foi o time mais decepcionante do ano passado, apesar de haver conquistado uma vaga para a Libertadores. Defesa frágil e time mentalmente muito fraco, sujeito a queda anímica ao primeiro insucesso. Bauza veio para mudar. Aposta em uma equipe mais compacta, mais organizada e com maior poder de marcação. O elenco perdeu Ceni, Pato e Luís Fabiano. Há muita expectativa a respeito de Calleri e incógnitas sobre os outros incorporados. Ninguém sabe quanto podem render Lugano, Mena, Kieza e Kelvin. Um ataque com quatro Ks. Kardec, Kieza, Kelvin e Calleri. Mais Rogério e Centurión. Bons nomes. Precisam render bem.
CORINTHIANS – O campeão brasileiro foi quem mais sofreu com saídas de jogadores. Ralf, Renato Augusto e provavelmente Malcon terminam com o meio campo. Sem Gil, a defesa fica mais fraca e Love, que se recuperou no fim do Brasileiro, fará falta no ataque. As reposições estão chegando – Marlone, Williams, André, Giovanni Augusto – mas Tite terá trabalho para armar uma nova equipe, para se decidir se manterá o mesmo esquema ou inovará. O que pode ajudar é o formato do campeonato, com uma série inicial de 15 jogos até que comecem as decisões. Bom tempo para Tite trabalhar. E, quando tem tempo, ele faz bom trabalho.
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