Topo

Menon

São Paulo derrota a bruxa e vai classificado a Itaquera

Menon

11/02/2016 00h35

Futebol é o esporte rei porque sempre há uma bruxa sobrevoando estádios, pronta para pousar, BRUXApronta para fazer o pequeno vencer o grande, pronta para criar Davis. O São Paulo não deixou. Não houve pouso para bruxa alguma no Pacaembu. O time venceu por 1 a 0 e está pronto para a fase de grupos, contra The Strongest, River Plate e Trujillanos. Começa na quarta que vem, mas antes tem o Corinthians em Itaquera. Uma visita que foi humilhante para o São Paulo no final do ano passado, com uma derrota por 6 a 1.

E por que falar em bruxa quando se sabe que o São Paulo teve 68% de posse de bola, finalizou muito, acertou a trave três vezes, perdeu um pênalti e Denis não foi acionado? Justamente por isso. O Cesar Vallejo não fez nada no jogo, mas o São Paulo não conseguia fazer o gol da . Como poderia vencer? Com uma bola bandida, com um lance de azar, com a bruxa achando uma brecha para pousar.

Apenas o imponderável, apenas a superstição poderiam assustar. Imaginem o lance do gol do Rogério. Escanteio, Rodrigo Caio cabeceou em Rogério, que se virou e marcou. Poderia se do outro lado e a tragédia estaria presente no Pacaembu. E aí, todos se lembrariam do gol do Kardec no primeiro jogo, anulado erradamente, todos lamentariam tantas chances perdidas.

Bauza lamentou. Ele viu 20 chances criadas nos dois jogos contra os poetas. E apenas duas corretamente concluídas. E deixou o aviso. Em Libertadores, não se pode perder tantas chances.

Ele poderia ajudar, deixando Centurión no banco. Ele começou bem, conseguiu alguns dribles e depois errou tudo.

Bauza é um técnico conservador, que não corre muitos riscos. Arma o time a partir da defesa. E foram apenas dois gols sofridos em cinco jogos. O time é solidário, tenta ser compacto e permite a Lucão um grau de exposição pequeno. Jogou bem contra o Cesar Vallejo.

Como o time é assim, compacto, fechado, não se pode dar ao luxo de perder tantos gols. Ele prometeu trabalho para que as coisas comecem a mudar.

Houve coisas boas, sim. Hudson, uma vez mais, fez ótima partida. Está muito melhor com Bauza do que com Osorio ou Milton Cruz. Calleri é um lutador, um brigador. Rogério mostrou estrela. E o time, como um todo, mostrou muita vontade, atitude e comportamento.

Assim, é difícil a bruxa pousar.

No domingo, ela estará rondando em Itaquera. Pode cair para os dois lados. Afinal, ali não há Davis. Os dois são Golias. São gigantes.

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.