E a outra metade, Patón?
Em sua primeira entrevista como treinador do São Paulo, Edgardo Bauza disse que se dedicaria, como primeira tarefa, a melhorar o sistema defensivo do São Paulo. Os 47 gols sofridos em 38 jogos o assustavam.
Pode-se dizer que conseguiu sucesso. Em dez jogos no ano, o São Paulo sofreu seis gols. Média muito boa. Para isso, treinou muito, mudou a forma de jogar de alguns jogadores e optou por Mena, mais defensivo que Carlinhos.
Agora, precisa melhorar o ataque. Foram apenas 11 gols em 10 jogos. Muito ruim. Pior ainda, quando se lembra que quatro gols foram no mesmo jogo, contra o Água Santa.
Um time não pode ser formado por setores estanques. Não se pode ter uma defesa ruim e um ataque ótimo. Ou o contrário, como é o São Paulo. O sistema defensivo deve ser ajudado pelo centroavante. O sistema ofensivo deve ser ajudado com uma boa saída de bola, desde a defesa.
O que deve melhorar rapidamente?
1) a fluência do jogo. Bola precisa chegar mais até Ganso, que não tem companhia na armação.
2) força pelas laterais. Michel, Centurión e Wesley não são pontas. Talvez Patón opte por eles para que o sistema ofensivo seja ajudado. Nesse caso, temos o drama do cobertor curto, que só resolve um problema de cada vez. Ou leva calor á cabeça ou aos pés.
E, por falar em rapidamente, tem jogo contra o River no dia 10.
Ou o time melhora, ou corre o risco de eliminação ainda na primeira fase da Libertadores.
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