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Menon

Ganso selvagem comanda o digno São Paulo

Menon

10/03/2016 21h48

Houve dois Gansos em campo. O primeiro, cabeça alta, bola dominada, capaz de um rolinho em Domingo no meio do campo. Um cisne, elegante e letal, como no gol, belo chute com bola em movimento.

O outro, uma novidade. Capaz de uma carrinho duríssimo em Dalessandro na lateral do campo. Um amarelo que ficou barato. Sempre presente, no meio e nos lados do campo. Um ganso selvagem.

O que não se viu foi o triste Ganso de algumas partidas, desaparecido em campo, o que entra em campo como um torcedor entediado.

É lógico que o São Paulo não fez uma partida maravilhosa, não deu um baile no River, não merecia vencer. Os argentinos dominaram o jogo. Mas foi estimulante ver um São Paulo entregue ao jogo, com jogadores atuando como representantes de uma paixão popular e não de forma desinteressada, como alguém que apenas espera o dia certo para receber.

Michel Bastos agarrou a bola fora do campo e não permitiu a cobrança rápida do argentino. Maicon e Lugano foram zagueiros-zagueiros, com seriedade, caráter, cara feia e a caixa de ferramentas aberta. Defenderam sua área como a dupla Vitorino e Egurén havia feito no dia anterior, contra o Palmeiras.

A saída de Centurión mostrou como estava sendo importante no jogo. Ao deixar o campo, abriu-se espaço para o River. Calleri é um leão.

O time tem falhas. São evidentes. Neste jogo, os piores foram Hudson e Tiago Mendes. A grande falha foi a de Denis, mas ele fez boas defesas.

O ponto conseguido com suor foi importante. Se perdesse, estaria a seis pontos do segundo lugar. Agora está a três.

O São Paulo tem muito o que fazer, tem o que melhorar. Mas se a dedicação mostrada contra o River for mantida, tudo fica mais fácil.

E mais digno.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.