Ganso selvagem comanda o digno São Paulo
Houve dois Gansos em campo. O primeiro, cabeça alta, bola dominada, capaz de um rolinho em Domingo no meio do campo. Um cisne, elegante e letal, como no gol, belo chute com bola em movimento.
O outro, uma novidade. Capaz de uma carrinho duríssimo em Dalessandro na lateral do campo. Um amarelo que ficou barato. Sempre presente, no meio e nos lados do campo. Um ganso selvagem.
O que não se viu foi o triste Ganso de algumas partidas, desaparecido em campo, o que entra em campo como um torcedor entediado.
É lógico que o São Paulo não fez uma partida maravilhosa, não deu um baile no River, não merecia vencer. Os argentinos dominaram o jogo. Mas foi estimulante ver um São Paulo entregue ao jogo, com jogadores atuando como representantes de uma paixão popular e não de forma desinteressada, como alguém que apenas espera o dia certo para receber.
Michel Bastos agarrou a bola fora do campo e não permitiu a cobrança rápida do argentino. Maicon e Lugano foram zagueiros-zagueiros, com seriedade, caráter, cara feia e a caixa de ferramentas aberta. Defenderam sua área como a dupla Vitorino e Egurén havia feito no dia anterior, contra o Palmeiras.
A saída de Centurión mostrou como estava sendo importante no jogo. Ao deixar o campo, abriu-se espaço para o River. Calleri é um leão.
O time tem falhas. São evidentes. Neste jogo, os piores foram Hudson e Tiago Mendes. A grande falha foi a de Denis, mas ele fez boas defesas.
O ponto conseguido com suor foi importante. Se perdesse, estaria a seis pontos do segundo lugar. Agora está a três.
O São Paulo tem muito o que fazer, tem o que melhorar. Mas se a dedicação mostrada contra o River for mantida, tudo fica mais fácil.
E mais digno.
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