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Luiz Cunha: "São Paulo vai apostar na base"

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19/03/2016 17h45

Luiz Antonio Cunha, 63 anos, se define como um pequeno industrial na área de embalagens, casado, com quatro filhos e quatro netos. É também o novo diretor de futebol do São Paulo. Vai assumir as funções de Ataíde Gil Guerreiro, que era vice-presidente de futebol. Cunha, que não é conselheiro, não pode ser vice do clube, pelo estatudo.

Para atender ao blog, ele deixou de lado, por um tempo, o jogo entre Novorizontino e XV de Piracicaba. "Estou acompanhado o Luiz Araújo, que é um jogador de muito futuro e que logo poderá estar no time de cima";

A seguir, partes da entrevista:

Como é assumir o clube em momento de crise?

Crise é oportunidade. É a hora de investir e criar fatos novos. É um grande momento na minha vida de são-paulino.

Você não é conselheiro. Como conseguiu um lugar importante em um clube que sempre privilegia os cardeais?

É porque estou bem com Deus, não é? (risos). Olha, como eu não sou conselheiro, não posso dar nem meu voto ao Leco. E nem tenho votos satélites, não influencio ninguém. Se ele me chamou assim é porque confia em meu trabalho e minha honorabilidade.

Você era diretor da base e ganhou muita coisa. Sua ascensão significa que Cotia será privilegiada?

O Leco conhece meu trabalho na base e me chamou para o profissional. Isso significa claramente que o São Paulo quer olhar para a base, quer aproveitar melhor as revelações.

Por que o Santos revela mais que o São Paulo?

Esse é um mistério que sempre me intrigou e que vou resolver agora. Os dois times se equilibram na base e eles revelam mais.

Quais jogadores podem subir?

Antes de responder, quero deixar claro que terei uma reunião com Bauza para traçar um diagnóstico do time. Então, olhando para nossas finanças, que não são boas, buscaremos remédio. Quanto à base, é difícil citar algum jogador. São muitas promessas.

Faça um esforço…

Bem, o Lucas Fernandes já está lá. O zagueiro Militão também, mas não é aproveitado. Eu gosto do Murilo, atacante que já treinou com o Osório e também do David Neres. Tem o Inácio e o Banguelê, que eu vejo como um jogador pronto para o time de cima e o Artur, que é sensacional. Mas tem outros.

Como será o elenco do Brasileiro?

Vamos tentar manter Maicon e Calleri e outros destaques. E depois, fortalecer o elenco porque o Brasileiro é um campeonato muito exigente, principalmente pelos cartões e contusões.

Dizem que você é linha-dura…

Para exigir algo dos jogadores, temos que ter pagamento em dia e premiação em dia. Nessas condições, vamos exigir comprometimento e trabalho. Dentro de um ambiente amistoso, é lógico.

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.