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Menon

O Paulistão e os grandes

Menon

21/03/2016 09h18

Cumpridas dez rodadas do Paulistão, temos Corinthians e Santos com campanhas dignas e o Palmeiras patinando feio. O São Paulo, ainda pior, pois, além de jogar mal, não lidera o seu grupo.

Todos podem pensar em título. Ainda há cinco jogos – quatro no caso do Santos – para arrumar o que está errado antes de embarcar nas fases de eliminação direta, onde um grande, mesmo que em má situação, pode surpreender.

Além da luta pelo título, o que cada grande deve fazer no Paulistão?

CORINTHIANS – Tem sete pontos à frente do segundo colocado (Red Bull) e dez à frente do terceiro (Água Santa), o que praticamente lhe garante a vaga em primeiro lugar. Com tamanha tranquilidade, pode poupar jogadores e fazer experiências para a Libertadores: o Paulistão pode, por exemplo, definir se Balbuena deve ser titular ou não.

SANTOS – Tem 22 pontos, cinco à frente do São Bento e nove à frente do Linense. Como o Corinthians, também tem a vaga definida. Busca o primeiro lugar, o que também está bem encaminhado. Não está na Libertadores, o que tira do Paulistão a pecha de "campeonato experimental". Precisa vencer, é isso. Em segundo plano, o Paulistão serve para definir qual será a aposta para substituir Lucas Lima, que pretende sair no meio do ano. Há um homem no elenco? É preciso buscar no mercado ou a base dará a solução, uma vez mais?

PALMEIRAS – Tem 15 pontos e lidera, ao lado do Ituano. Em terceiro, vem São Bernardo e Ponte Preta, com 13 e o Novorizontino, com 12. É o grupo mais enrolado. Além de garantir a vaga, Cuca precisa definir o time ideal para vencer o Central em Rosario, no dia 6 de abril. Se não vencer, está fora da Libertadores. Até lá, enfrenta Red Bull, Agua Santa, Rio Claro e Corinthians. É necessário também apontar as necessidades para o Brasileiro. Nesse caso, não há muito espaço para pedidos, pois Alexandre Mattos já contratou muita gente. Foi o time que se reforçou mais e mais cedo que os outros. Paulo Nobre diz que o Palmeiras tem três times e que a meta é ganhar o Mundial. Contratar ainda mais seria dizer que o planejamento foi errado.

SÃO PAULO – Tem 14 pontos e está em segundo, atrás do Audax, com 16. Ferroviária, com 13 e XV de Piracicaba, com 12, o escoltam. Bauza tem muita coisa a resolver até dia 5, quando o time enfrenta o Trujillanos. Centurión continua como titular? Como fazer Calleri não jogar tão isolado? E muito mais…. Ao contrário do Palmeiras, que contratou muito, o São Paulo precisa já pensar no elenco para o Brasileiro. Calleri e Maicon, boas contratações, devem sair. E há problemas técnicos enormes para sanar. Para o São Paulo, o Paulistão ainda é uma esperança de título, mas serve para, a curto prazo, arrumar o time para a Libertadores e, a médio prazo, definir o elenco para o Brasileiro. Ou seja, em abril, o São Paulo não tem nada.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.