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São Paulo, agonicamente, ganha oito pontos. Corinthians mantém a lógica

Menon

24/03/2016 00h05

Se o futebol é centenário, a jogada tem cem anos. Se o futebol é milenar, a jogada tem mil anos. Se o futebol é eterno, ela viverá para sempre. Um lance de classe do armador e uma conclusão intuitiva, desesperada e certeira do centroavante. Cavadinha de Ganso e gol de Calleri. Muito parecido com o gol contra o Cesar Vallejo, ainda na primeira fase da Libertadores.

Com o 1 a 0 concretizado aos 44 minutos do segundo tempo, o São Paulo chegou a 17 pontos e alcançou o Audax, que apenas empatou com o Linense. E a Ferroviária, que perdeu para o São Bento, ficou com 13 pontos. Ou seja, o São Paulo, mesmo que perca para o Santos – não terá Ganso, suspenso – ainda estará a zona de classificação.

Lugano comemorou como nunca. Ou como sempre? Quase machucou o pescoço de Calleri. Festa merecida, que não pode esconder alguns problemas contumazes do time.

O principal erro é a falta de jogadas pelos lados do campo. Houve apenas uma jogada de Carlinhos, pela esquerda, no primeiro tempo. Ninguém mais – Bruno, dos dois lados, Caramelo, dos dois lados, Kelvin, Hudson e Lucas Fernandes não conseguiram.

A dupla Kardec e Calleri não funciona. Ofensivamente, porque não há cruzamentos. E pouco se movimentam. E defensivamente, porque ambos dedicam-se pouco à marcação. Assim, o time perde um jogador no meio.

Houve falha feia em dois contra-ataques. Um em cada tempo. No primeiro, Denis fez uma linda defesa. No segundo, Leo Coca fez com que sua progenitora fosse lembrada por toda torcida do Botafogo. Em compensação, foi saudado pelos comercialinos.

De bom? João Schmidt, com bons passes como sempre, e chutes de fora da área, uma novidade. Lucas Fernandes teve alguns lampejos, teve iniciativa, mas perdeu algumas jogadas com a bola dominada. Tem futuro. Calleri voltou a marcar.

Há muito o que melhorar.

O Corinthians também. Mas ganhou por 3 a 0. É o melhor time, com melhor campanha disparado.

O torcedor corintiano é um invejado. Não tem do que reclamar.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.